Histórico
Em 1835, a Companhia Nictheroy e Inhomirim inaugura o serviço de barco a vapor entre a Corte e a Villa Real de Praia Grande (São Domingos), atual Niterói. O primeiro ensaio de navegação a vapor do Brasil. Levando o serviço de barcos à vela (falunas) a falência.
Em 9 de janeiro de 1839, entra no porto do Rio de Janeiro o barco a vapor São Sebastião, o primeiro da companhia brasileira fundada por J. T. Thomas para interligar as províncias do império.
Em maio de 1840, a Companhia Nictheroy e Inhomirim inaugura a linha de barco a vapor entre a Cidade e o porto da Estrella no rio Inhomirim, no fundo da baía de Guanabara. O serviço foi o primeiro ensaio de navegação a vapor fluvial na província do Rio de Janeiro.
Em 24 de fevereiro de 1855, através do Decreto Imperial nº 1.564 foi formada a Nictheroy e Inhomerim, Companhia de Navegação a Vapor, formada pela fusão de duas companhias do mesmo título. Começou a funcionar no dia primeiro de março do mesmo ano.
Em 1856 o comendador Antônio Tavares Guerra organizou a Companhia de Navegação a Vapor São Cristóvão, cujos estatutos foram aprovados pelo Decreto nº 1.785 de 16 de julho do mesmo ano. Em 1859 a companhia passou a ser denominada Imperial Companhia de Navegação a Vapor de São Cristóvão e Caju, com escritório na rua dos Pescadores, atual Visconde de Inhaúma, 36.
Correio Mercantil, 25/06/1857,
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Linha Rio de Janeiro - Porto de Sampaio (Itaborahy)
Correio Mercantil, 26/06/1857
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O Porto de Sampaio localizava-se no rio Macacu, entre o Porto de Villa Nova e o Porto das Caixas.
Linhas hidroviárias em 1861
Praia dos Mineiros - Porto da Estrella, via Ilha do Governador
Praia dos Mineiros - Porto de Piedade, via Paquetá
Cidade - Botafogo, via Morro da Viúva
Côrte - Nictheroy
Côrte - São Gonçalo
Prainha - Porto de Mauá
Prainha - Caju, via São Christóvão
Prainha - Porto Sampaio (Itaboraí), via Villa-Nova
Em junho de 1862, a Companhia Ferry inaugura o serviço de Ferry entre o Rio de Janeiro e Nictheroy, mais rápido e cômodo, levando a Companhia Nictheroy e Inhomirim a falência.
Diário do Rio de Janeiro, 09/06/1863
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Companhia Nitheroy e Inhomerim
Correio Mercantil, 05/03/1865
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Tribuna Popular, 05/08/1945
O Jornal, 23/02/1950
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Tribuna da Imprensa, 26/10/1956
Em 1969, a linha de barcas Rio de Janeiro - Niterói era operada pelo Serviço de Transportes da Baía de Guanabara, com intervalos de 20 minutos ou com intervalos menores nas horas de maior movimento.
Jornal do Brasil, 05/01/1970
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Em 1975, o Serviço de Transportes da Baía de Guanabara (STBG) solicitou financiamento ao Sunamam para a compra de duas novas embarcações de 2 mil passageiros para a linha Praça 15 - Cocotá. Conforme os plano do SBTG para o triênio 76/78, estava prevista a construção da estação de passageiros do Cocotá em aterro cedido prefeitura.
O Globo, 11/11/1976
Barca de Paquetá
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Em 8 de novembro de 1986, o governador Leonel Brizola inaugurou a linha Praça 15 - Ribeira com duas das oito embarcações da linha Praça 15 - Niterói. A população de Niterói não gostou, pois gerou longas filas na praça Araribóia. Segundo os passageiros mesmo com 8 barcas o serviço já era deficiente nos horários de pico. Com a retirada das barcas os intervalos da linha de Niterói passaram de 10 para 30 minutos.
Em julho de 2023, o governo do estado do Rio de Janeiro lançou um aviso público de manifestação de interesse privado para a implantação de uma linha de barcas entre os aeroportos Santos Dumont e Galeão.
Em 11 de fevereiro de 2025, a concessionária CCR Barcas encerrou suas atividades como operadora do transporte aquaviário do Rio de Janeiro. A partir dessa data, o serviço passou a ser operado pelo consórcio Rio Barcas.
Em 6 de março de 2025, a tarifa da linha Charitas das barcas foi reduzida de 21 para 7,70 reais, aumentando consideravelmente a demanda. Permitindo inclusive a integração com os demais meios de transporte por R$ 8,55, através do uso do Bilhete Único Metropolitano.
Antigos portos do Rio de Janeiro e do recôncavo da baía de Guanabara:
Porto Velho, localizado na Freguezia de Irajá, em terras de Bartolomeu Cordovil
Porto do Velho, Freguezia de São Gonçalo
REFERÊNCIAS:
SOUZA, Augusto Fausto de. A Bahia do Rio de Janeiro: sua historia e descripção de suas riquezas. 1882. Rio de Janeiro. p.48.
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