sábado, 22 de maio de 2010

Hidroanel pode aliviar trânsito em SP



Sistema surge como alternativa para transporte
Projeto custará R$ 2 bilhões

Parte das cargas que hoje são movimentadas por caminhões nas marginais dos rios Pinheiros e Tietê, em São Paulo, poderá migrar para uma alternativa aquaviária. O DH (Departamento Hidroviário) do Estado, órgão vinculado à Secretaria Estadual dos Transportes, iniciou um estudo de pré-viabilidade técnica, econômica e ambiental para a criação do hidroanel metropolitano.

Para Frederico Bussinger, diretor do Departamento Hidroviário, o projeto é um antigo sonho do governo paulista e aliviará o trânsito nas vias, reduzindo perto de 30% das 400 mil viagens de caminhão por dia, que geram algo em torno de 1 bilhão de toneladas de cargas por ano.

“O hidroanel é viável. São Paulo tem o privilégio de possuir uma rede de rios e represas a 700 metros acima do nível do mar. Se conseguirmos diminuir o volume de cargas que passa diariamente pela cidade será um ganho significativo do ponto de vista econômico e ambiental”, observa o diretor.

Atualmente, o rio Tietê tem 41 quilômetros navegáveis, no trajeto entre Santana de Parnaíba e a barragem da Penha, passando pela eclusa sob o Cebolão. O novo projeto inclui a construção de uma nova eclusa na Penha, que estenderá o percurso em 14 quilômetros até São Miguel Paulista.

O planejamento do Hidroanel integra mais 25 quilômetros na zona oeste da capital e ainda a incorporação da represa Billings, que ampliaria o trajeto em 30 quilômetros de vias navegáveis, além da construção de um canal artificial interligando a represa ao reservatório Taiaçupeba, na região de Mogi das Cruzes.
Objetivo é atrair cargas de empresas como a Sabesp, Ceasa e usinas de concretoTransbordo

Segundo Bussinger, todo o projeto custará aproximadamente R$ 2 bilhões. Com o hidroanel, o DH planeja atrair as cargas provenientes de empresas com sedes nas margens dos rios, como a Sabesp, Ceasa – cujos produtos vêm da região do Alto Tietê, em Salesópolis - e das usinas de concreto.
Para facilitar a logística, o projeto prevê a construção de estações de transbordo em locais estratégicos nas margens dos rios.

“As 800 toneladas de cargas que a Sabesp transporta por dia pelo modal rodoviário poderão ser movimentads por barcaças com capacidade para 700 toneladas. A vantagem é que cada comboio terá até quatro embarcações, elevando a capacidade de transporte para mais de duas mil toneladas”, prevê o executivo.

Para o diretor, há a necessidade de mudança cultural para ampliar a eficiência do tráfego em São Paulo. “A navegação no Tietê já foi muito utilizada no século passado. Precisamos organizar a logística da cidade para voltar a receber as cargas”, salienta o executivo.

Passageiros

A princípio, o hidroanel metropolitano será utilizado para transportar cargas mas, no futuro, o meio pode se estender para o transporte de passageiros. Entretanto, a baixa velocidade, com relação aos trens e ônibus, e a poluição dos rios – causadora de mau cheiro – podem ser empecilhos para essa alternativa de transporte.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Cunha propõe terminal de passageiros no Guaíba


14/5/2010
Jornal do Comércio (RS)

A Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) pretende enviar, até o mês de junho, um anteprojeto para a Secretaria Especial de Portos (SEP) do governo federal. O documento prevê a realização de investimentos na sinalização para a navegação noturna na hidrovia do Estado e a construção de um terminal de passageiros no porto da Capital gaúcha. Conforme o diretor-superintendente da SPH, Gilberto Cunha, os recursos necessários para implementar as iniciativas são estimados em cerca de R$ 10 milhões, e seriam provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo de 2014.
   
Cunha explica que a vinculação da ideia com o torneio mundial de futebol, que será realizado no Brasil, deve-se à possibilidade de que navios provenientes de países como Argentina e Uruguai tragam turistas para Porto Alegre. "Essas embarcações, inclusive, podem servir de acomodação para essas pessoas, contribuindo para que sobrem mais vagas na rede hoteleira", argumenta o dirigente. Além de atender a uma demanda da Copa, o terminal de passageiros concretizará uma ligação, através da hidrovia, da Capital gaúcha com outros municípios como, por exemplo, Guaíba. A possibilidade de implantação de um terminal de passageiros está prevista dentro do projeto de revitalização do Cais Mauá.
   
O diretor-superintendente da SPH detalha que, com a aprovação pela SEP, posteriormente será necessário realizar um estudo técnico-econômico para verificar a viabilidade do empreendimento. Se tudo desenrolar satisfatoriamente, Cunha acredita que o processo licitatório para começar as obras possa ser aberto ainda neste ano. Quanto à sinalização para realizar a navegação noturna na Lagoa dos Patos, o dirigente relata que a medida possibilitará o uso da hidrovia entre Rio Grande e Porto Alegre durante 24 horas do dia. "Isso permitirá que se intensifique ainda mais o transporte de cargas nesse modal", defende o diretor-superintendente.
   
A SPH é a autarquia estadual responsável por administrar os portos de Porto Alegre, Pelotas e Cachoeira do Sul. Também é encarregada de manter em condições navegáveis os 758 quilômetros de hidrovias constituídas pelos rios Jacuí, Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Guaíba, Lagoa dos Patos e Canal São Gonçalo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Rio investe no transporte hidroviário



Notícias


De acordo com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o sistema de transporte hidroviário do estado receberá investimentos para resolver os problemas de superlotação ocorridos atualmente na Baía de Guanabara, entre Rio, Niterói, Ilha do Governador e Paquetá.

Segundo Cabral, nos próximos dias, será adotado um pacote de medidas para o sistema, como aquisição de novas embarcações e obras de melhorias nos terminais. Os recursos serão provenientes de empréstimos tomados no mercado financeiro, a partir do aumento de capacidade de endividamento do Rio, concedida pelo governo federal recentemente, até um total de R$ 5,3 bilhões.

“Temos recursos para a área de transporte de massa: trem, metrô e barcas. Nos próximos dez dias, estarei debruçado sobre uma proposta de melhorias apresentada pela concessionária Barcas S/A, que se encontra há alguns dias na Casa Civil . Serão basicamente a compra de novas embarcações e melhorias na retroárea das estações”, informou o governador.

Com os investimentos, haverá uma melhoria em torno de 50% da operacionalidade do sistema, nos próximos quatro anos. A curto prazo, enquanto não se iniciam as melhorias, a concessionária Barcas S/A terá de adotar medidas de emergência, como mudar a forma de atendimento, limitar o número de passageiros, e fazer promoções nos horários de pico, semelhante ao aplicado no metrô.