segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Rio de Janeiro recebe mais 10 trens chineses

16/12/2013 - Diário Democrático 

Mais dez unidades se unirão ao lote de 60 composições já encomendadas pelo governo

Para proporcionar mais conforto e segurança aos passageiros de trem, a Secretaria de Transportes investiu, em 2013, em melhorias no sistema ferroviário urbano do Rio de Janeiro.

Um dos destaques foi a aquisição, em novembro deste ano, de mais dez trens chineses que se unirão ao lote de 60 composições encomendadas pelo Estado em 2012.

A nova frota se somará aos outros 30 modernos trens, também fabricados no país asiático, que já se encontram em operação nos ramais da SuperVia.

Outra ação emblemática foi a obtenção da garantia de antecipação da entrega dos veículos, que estão sendo fabricados na cidade de Changchun. Inicialmente, as primeiras unidades do lote de 60 composições só chegariam à cidade em setembro de 2014. Com o sucesso da negociação entre o governo e o consórcio vencedor – que não gerará custos adicionais para o estado – 12 novos trens desembarcarão no Rio com cinco meses de antecedência (a partir de abril já começam a chegar os veículos). A previsão é de que, em setembro de 2014, a cidade já conte com 14 novos trens.

As composições seguirão o mesmo padrão dos 30 veículos chineses que já atendem a população: todas serão equipadas com ar-condicionado, sistema de comunicação direta com o Centro de Controle Operacional, interiores mais espaçosos, com bagageiros, TVs de LED e trânsito livre entre os carros. As composições também contarão com modernos circuitos de tração e frenagem.

Também está em andamento um programa de investimentos de R$ 2,4 bilhões, em parceria com o Estado, que inclui a reforma de estações, substituição de trilhos, dormentes e cabos de rede aérea, além da renovação da frota de veículos.

- Além dos avanços nos trens, metrô, barcas e transporte rodoviário, o Estado subsidia o transporte de mais dois milhões de cidadãos, através do Bilhete Único Intermunicipal. Certamente, o Rio passa por um importante momento em relação à mobilidade urbana - disse o secretário de Transportes, Julio Lopes.

Transporte aquaviário recebe barcas e estação

O transporte aquaviário de passageiros também ganhou reforço em 2013. Em março deste ano, o Estado assinou contrato para a compra de nove novas barcas, com investimento de R$ 273 milhões.

Sete embarcações – com ar-condicionado, janela panorâmica e capacidade para 2 mil passageiros – estão sendo construídas pelo estaleiro chinês Afai Southern Shipyard e serão destinadas à travessia Rio-Niterói nos terminais Praça XV-Praça Arariboia. Outras duas menores – com 500 lugares cada uma – estão sendo fabricadas pelo estaleiro cearense Inace e servirão para ligar Angra dos Reis e Mangaratiba.

A previsão é de que ao menos uma das sete barcas chinesas seja entregue em julho de 2014, antes da final da Copa do Mundo. Até agosto de 2015, todas já estarão em operação. Com as novas unidades, a capacidade de transporte da frota passará de 12,8 mil passageiros por hora para 24 mil passageiros por hora em cada sentido. O tempo médio de travessia Rio-Niterói, que hoje é de 18 minutos, será de 12 minutos.

Inauguração da estação da Praça Arariboia Outro investimento no setor foi a inauguração da primeira fase da estação Praça Arariboia, em Niterói, em outubro. Com 24 roletas de leitura de cartão magnético, o novo espaço tem áreas de saída mais amplas para tornar o embarque e o desembarque mais ágeis, com capacidade para atender 4 mil usuários. A segunda fase da estação deve ser entregue no primeiro semestre de 2014.

Fonte: Diário Democrático 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Governo anuncia R$ 2,9 bi em mobilidade no PE

17/12/2013 - Valor Econômico
 
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira investimentos de R$ 2,9 bilhões em projetos viários de Pernambuco. Conforme antecipou a edição desta terça-feira, 17, do Valor, a presidente autorizou o aporte de aproximadamente R$ 1 bilhão para o chamado Arco Metropolitano de Recife, empreendimento que ligará o Litoral Norte ao Litoral Sul do Estado sem passar pela capital.
 
Previsto inicialmente para ser executado pelo governo estadual, a obra acabou sendo "adotada" pela União. O arco ligará o polo automotivo capitaneado pela Fiat, ao norte, ao Complexo Portuário de Suape, ao sul da capital.
 
O restante dos recursos anunciados será direcionado à construção de corredores de ônibus, de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e um corredor fluvial.


 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Nova Estação Praça Arariboia terá primeira parte inaugurada

22/10/2013 - O Fluminense

Espaço vai abrigar quatro mil passageiros e terá um ambiente totalmente refrigerado e monitorado por 18 câmeras conectadas ao Centro de Controle Operacional da concessionária

Para proporcionar mais conforto aos usuários da linha Rio-Niterói, a CCR Barcas inaugura no próximo sábado, às 10h, a primeira fase da nova Estação Praça Arariboia, em Niterói. O espaço vai abrigar o dobro de passageiros do atual – aumentando a capacidade de 2 mil para 4 mil – em um ambiente totalmente refrigerado e monitorado por 18 câmeras conectadas ao Centro de Controle Operacional da concessionária, proporcionando mais segurança e conforto aos usuários do transporte. A inauguração faz parte do compromisso firmado com o Governo do Estado.

O espaço conta também com um sistema de acesso mais ágil. São 24 novas e modernas roletas, que vão funcionar com cartão magnético e facilitarão a entrada dos passageiros. Estes equipamentos têm sinalização eletrônica e ajudam o usuário a perceber o status do dispositivo através de sons e símbolos (acesso liberado, travado, travamento em instantes ou fora de funcionamento).

Com a inauguração da primeira etapa da nova Estação Praça Arariboia, o atual salão será fechado para as obras da segunda parte, que elevará a capacidade para 8 mil pessoas e terá 48 roletas de acesso.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Nova estação das barcas de Niterói será inaugurada no sábado

21/10/2013 - O Globo

Novo espaço vai abrigar 4 mil usuários, o dobro da capacidade da antiga estação

Paes chegou a citar o fato de obras da nova estação não terem terminado como motivo para adiar interdição da Perimetral.

PAULO ROBERTO ARAÚJO

Nova estação das barcas de Niterói que será inaugurada no sábado CCR Barcas / Divulgação

RIO — Os 95 mil usuários das lanchas que ligam o Rio a Niterói passam a contar, a partir deste sábado, com uma nova estação na Praça Arariboia, em Niterói. O novo espaço vai abrigar 4 mil usuários, o dobro da capacidade da antiga estação. O ambiente é refrigerado e monitorado por 18 câmeras com monitores instaladas no Centro de Controle Operacional da CCR Barcas.

A nova estação vai contar com 24 roletas, mais modernas que as atuais, que darão maior facilidade e agilidade a entrada dos passageiros. Esses equipamentos funcionam com cartão magnético, têm sinalização eletrônica e ajudam o usuário a perceber o status do dispositivo através de sons e símbolos (acesso liberado, travado, travamento em instantes ou fora de funcionamento).
As saídas são mais amplas e também dão agilidade ao processo de embarque e desembarque de passageiros na nova área, que foi readquirida pela Secretaria Estadual de Transportes e cedida à CCR para ampliação do terminal.
Com a inauguração das novas instalações, a atual estação será fechada para a segunda etapa das obras, que elevará a capacidade para 8 mil pessoas e terá 48 roletas de acesso.
— A estação completa ficará pronta no primeiro semestre de 2014 e vai marcar o início de uma nova fase para o transporte aquaviário de passageiros no Rio de Janeiro — garante o presidente da CCR Barcas, Marcio Roberto de Moraes e Silva.
Na semana passada, o prefeito Eduardo Paes citou o fato de obras da nova estação na Praça Arariboia não terem terminado como um dos motivos para adiar a interdição definitiva do Elevado da Perimetral. Um dia antes da decisão do prefeito do Rio, a CCR Barcas havia anunciado que o catamarã Jumbo Cat II, que durante muitos anos operou na ligação Rio-Niterói pela empresa Transtur, voltaria a circular. O retorno está previsto para o dia 28. A medida atenderia a um aumento da demanda com o fechamento do elevado.
Até o fim de outubro também entra em operação o catamarã Águia, de 520 lugares, que a CCR alugou no México. Com as duas novas embarcações, a concessionária aumenta em dois mil lugares a capacidade de transporte de passageiros entre o Rio e Niterói na hora do rush.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Aquabus pode ser alternativa de transporte entre trapiche da Beira-Mar e praia de Canasvieiras em Florianópolis

11/10/2013 - Diário Catarinense

Veículo tem capacidade para 45 passageiros

Leia: Ônibus com suportes para bicicletas vai funcionar em caráter experimental por 45 dias, em Florianópolis

Depois do ônibus que carrega bicicletas, Florianópolis pode ter mais um veículo rodando em caráter experimental. A novidade é o Aquabus, um barco com capacidade para 45 passageiros que pretende ser utilizado, inicialmente por 90 dias, para fazer o transporte entre o trapiche da Beira-Mar e a praia de Canasvieiras , no Norte da Ilha.

Ainda não há uma data para o serviço entrar em funcionamento, já que depende de um parecer da procuradoria municipal e de adaptações nos trapiches. No interior, o Aquabus lembra um ônibus, com um corredor no meio, duas fileiras de poltronas à direita e três à esquerda.

A diferença principal é que o veículo não será destinado ao uso cotidiano de pessoas que dependem do transporte coletivo. Segundo o idealizador do projeto e diretor da Flomar Linhas Marítimas, Aldo Maciel, o valor da passagem ainda está indefinido, mas deve ficar em torno de R$ 12.

Na avaliação do empresário, o objetivo é atrair pessoas que não querem ir de carro para o trabalho. Além disso, nos finais de semana, o transporte será utilizado principalmente para o lazer e turismo.

— Nada impede que aqueles que andam de ônibus juntem dinheiro e levem a família para um passeio no fim de semana — explica Aldo, que prefere definir o Aquabus como um meio de "transporte alternativo", e não "de massa".

Teste de viabilidade

Segundo o secretário municipal de transportes, Valmir Piacentini, a empresa terá um período de 90 dias (prorrogáveis pelo mesmo prazo) para fazer o teste de viabilidade. Esta operação de caráter experimental é prevista na lei municipal 34/1988, que trata do transporte público.

Neste período serão feitos estudos para definir o preço da passagem, levantar a demanda de passageiros, a forma de funcionamento da linha e o tempo de viagem. O barco atinge 50 km/h, mas não deve passar de 40km/h durante sua operação, já que velocidades altas comprometeriam o conforto da embarcação. A segurança do veículo é atestada pela Capitania dos Portos, que realizou testes e permitiu a utilização do Aquabus para transporte de passageiros.

Diferentemente dos ônibus, é possível que o barco não tenha horários fixos de partida. Por outro lado, como não pode carregar pessoas em pé, pode sair antes do horário caso já esteja lotado.

Falta regulamentação

Florianópolis não regulamentou o transporte marítimo de passageiros e ainda existem questões a serem resolvidas. Para Aldo, um sistema público e de grande escala passa pela construção e readequação dos trapiches, organização de rotas e dragagem de alguns pontos, sendo a própria empresa responsabilizada pelo custeio deste trabalho.

O secretário Piacentini diz que a expectativa é boa, mas ainda é necessário avaliar algumas questões legais para que um serviço do gênero possa operar na Capital. Piacentini ressalta que, para isso, é necessário fazer um processo licitatório similar aos realizados com as empresas de ônibus urbanos.

Exemplo que não deu certo

No ano de 1996, o então prefeito Sérgio Grando implantou uma linha de transporte marítimo entre Canasvieiras e o Centro que acabou fracassando. Durante 60 dias, a empresa Scuna Sul colocou um catamarã com capacidade para 150 passageiros operando o serviço.

Na época, era cobrado o mesmo preço da passagem de um ônibus comum. O dono da empresa, Ricardo Oscar Carabelli, conta que a demanda era muito baixa e citou a lentidão do barco como a principal dificuldade para a execução. Conforme Ricardo, a viagem era feita em uma hora e meia (tempo que o Aquabus leva entre os municípios de Florianópolis e Itajaí) enquanto a rodovia SC-401 ainda não sofria com os congestionamentos que atualmente prejudicam o fluxo dos veículos.

Além disso, o ramo hoteleiro do Norte da Ilha ainda era incipiente e a demanda não foi suficiente para manter o serviço.

— Foi um desastre econômico — relembra Carabelli.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Hidrovias do Brasil começa a funcionar

24/09/2013 - Valor Econômico

Enquanto trabalha na captação de recursos para um segundo fundo de investimentos em infraestrutura, a P2 Brasil - joint venture formada entre a gestora Pátria Investimentos e o grupo Promon - vê sua primeira "startup" se tornar operacional. Voltada a logística fluvial de cargas, a Hidrovias do Brasil começou a registrar receitas, além de receber financiamento para um contrato com a Vale e investir R$ 800 milhões para exportar commodities agrícolas oriundas do Centro Oeste pelo Norte do país.

A companhia registrou seus primeiros números de receita no segundo trimestre deste ano, e por isso deixa de ser considerada uma companhia pré-operacional pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A receita líquida somou R$ 711 mil de abril a junho. No mesmo período, o resultado líquido foi de R$ 5,9 milhões.

Bruno Serapião, diretor-presidente da Hidrovias do Brasil, diz que a companhia tem hoje um contrato em operação com o grupo Christophersen, pelo qual são transportadas 1,2 milhão de toneladas de celulose por ano pelo rio Uruguai.



Agora, o plano da Hidrovias para fechar mais contratos é investir em um corredor logístico que vai de Mato Grosso ao Pará. O plano é levar commodities de barcaças vindas do Centro Oeste e, depois, embarcá-las em navios exportadores. Isso ajudaria a inverter a lógica atual de transporte das commodities, que em geral descem até os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), sobrecarregando estradas, ferrovias e terminais do Sul e do Sudeste.

Os investimentos no Pará são destinados à construção de um terminal de uso privativo em Vila do Conde (PA), a uma estação de transbordo em Miritituba (PA) e à compra de embarcações. O projeto terá capacidade para 4,4 milhões de toneladas ao ano e tem previsão de operar em 2016. Os recursos próprios para o novo investimento já existem, segundo Serapião, faltando agora os cerca de 70% oriundos de financiamento.

Enquanto os novos recursos não vêm, os executivos já comemoram a parceria feita recentemente com cinco bancos para o financiamento de um contrato com a Vale. Santander, Itaú BBA, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), International Finance Corporation (IFC, braço do Banco Mundial) e Sumitomo Mitsui Banking Corporation emprestarão US$ 238 milhões à Hidrovias. Os recursos serão destinados à implementação do projeto de transporte de minério de ferro pela hidrovia Paraná-Paraguai. O contrato com a Vale tem previsão de operar em dezembro de 2014 e prevê o transporte de mais de 3 milhões de toneladas de minério ao ano, com investimentos totais previstos em US$ 400 milhões - destinados a barcaças e empurradores.

Por meio de contratos como esse, o executivo espera que o ápice da operação da Hidrovias aconteça até 2016, seis anos depois da criação da companhia. Geralmente, a controladora P2, assim como os fundos em geral, trabalha com um prazo de "saída" dos investimentos de 12 anos.

No curto prazo, no entanto, não deve haver mudanças na composição acionária da Hidrovias. Segundo Felipe Pinto, diretor de Investimentos do P2, a companhia já está capitalizada depois da entrada dos recursos oriundos dos fundos Temasek e Aimco.

A Hidrovias abriu capital em 2011 e levantou no mercado a hipótese de uma oferta de ações na bolsa. Mas os executivos dizem que esse não é o plano - pelo menos não no curto prazo. "O IPO é algo que pode ou não acontecer", diz Pinto.

A P2 tem ainda outras cinco empresas no portfólios: Nova Agri (de logística de commodities agrícolas), Oceana (de construção naval e apoio logístico à indústria do petróleo), Latin America Power (de geração de energia na América Latina), Nova Opersan (de gestão de resíduos industriais) e Highline (de telecomunicações).

Cerca de 80% dos recursos do fundo P2 já foram usados e novas oportunidades estão sendo estudadas para o saldo remanescente. Os executivos não comentam esse assunto. Ao todo, o primeiro fundo do P2 reuniu US$ 1,15 bilhão. O patrimônio do segundo fundo deve ser semelhante ao primeiro, e pode alcançar até R$ 2,5 bilhões. Os executivos não comentaram o assunto, mas sabe-se - conforme apurou o Valor - que o fundo já está recebendo investidores.

Mesmo com um novo fundo, a P2 não deve participar dos grandes leilões do governo em rodovias, aeroportos e ferrovias. Em geral, os fundos mencionam pouco retorno com esses projetos. Entretanto, na área da Hidrovias, a companhia vai analisar as oportunidades a serem anunciadas pelo governo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Recife: Vai começar nova etapa da navegação do Capibaribe

11/09/2013 - Blog das PPPs

ilustração do Projeto Riso da Gente – Foto: Divulgação

Este mês, Eduardo Campos assina, ao lado do secretário das Cidades, Danilo Cabral,  a ordem de serviço para a construção das quatro estações do corredor fluvial do Capibaribe. A iniciativa faz parte do Projeto Rios da Gente, que prevê a transformação do Rio Capibaribe em rota de transporte fluvial.


Estações do Projeto Rios da Gente – Foto: Divulgação

Serão quatro estações: Parque de Santana; Parque da Jaqueira; Praça do Derby e na Estação Central do Metrô. As estações terão também bicicletários.

Só em meados do ano que vem é que está prevista a licitação para a concessão da empresa que irá operar o sistema de navegação.

Já a dragagem dos rios Capibaribe e Beberibe, outra etapa da navegação, será concluída em março de 2014, ou seja, a tempo do governador "inaugurar".

Se concorrer a Presidente da República, como previsto, ele deve deixar o governo até 4 de abril.

sábado, 31 de agosto de 2013

Mais uma embarcação vai reforçar frota das Barcas

31/08/2013 - Agência Rio

A quarta embarcação alugada pela CCR Barcas vai reforçar a frota para melhorar o atendimento aos usuários do transporte. O catamarã Águia, do mesmo modelo das embarcações Avatares, Falcão e Fênix, tem previsão para chegar ao Rio de Janeiro 20 dias após a saída do México, programada para a próxima semana. Segundo a concessionária, a embarcação deve começar a operar na primeira quinzena de outubro.

Com o reforço do Águia, que conta com 519 lugares, somado aos catamarãs Harpia, Falcão e Fênix, a concessionária vai atender melhor a demanda, aumentando a oferta de lugares e diminuindo os atrasos.

O catamarã Águia é veloz e possui sistema de segurança de navegação composto por equipamentos como radar, GPS, rádio VHF, AIS (sistema de monitoramento similar ao de aviões), entre outros itens. A embarcação também é equipada com ar-condicionado e grandes janelas que possibilitam uma ampla vista da baía.

FA

domingo, 2 de junho de 2013

Aracaju terá transporte público fluvial, Via Rio Sergipe

31/05/2013 - Brasil247.com

Na última semana, quando almoçou com empresários, o prefeito João Alves Filho (DEM) disse que, no máximo, em 30 dias estará abrindo licitação pública para a introdução na capital de um sistema de transporte público via rio; serão barcos com capacidade para 200 pessoas que irão farão o itinerário Mercados Municipais – 13 de Julho (nas imediações do Iate Clube); o prefeito informou que o projeto terá custo zero para a Prefeitura, pois caberá aos empresários que entrarem na concorrência arcar com as despesas da compra dos barcos e também a construção dos locais de transbordo de passageiros


Não é de hoje que muito se especula sobre a ideia de fazer uso de embarcações no rio Sergipe como alternativa ao ônibus, em Aracaju. O tema foi abordado recentemente pelo prefeito em conversa com jornalistas, embora ele não tenha dito abertamente como se daria. Informou apenas que era uma novidade, praticamente inédita no Brasil. Pois então, na última semana, quando almoçou com empresários, João disse que no máximo em 30 dias estará abrindo licitação pública para a introdução na capital de um sistema de transporte público via rio.

De acordo com o editorial do Jornal da Cidade, na edição domingo/segunda (26 e 27 de maio), o transporte se dará através de barcos com capacidade para 200 pessoas que farão o itinerário Mercados Municipais – 13 de Julho (nas imediações do Iate Clube). Segundo o prefeito, o projeto terá custo zero para a Prefeitura, pois caberá aos empresários que entrarem na concorrência arcar com as despesas da compra dos barcos e também a construção dos locais de transbordo de passageiros.

O JC informa que o empresário Lion Schuster é quem está assessorando o prefeito na ideia do transporte hidroviário. As embarcações que farão o trajeto não serão do tipo to-to-tó. O projeto do novo sistema será enviado à Câmara antes do recesso de julho. Não se sabe ainda se haverá interligação com os ônibus. Para quem não se recorda, por muito tempo, o transporte entre os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros foi feito atravessando o rio Sergipe.

sexta-feira, 8 de março de 2013

LLX tira foco do minério e investe em petróleo e gás no Superporto do Açu

03/03/2013 - Valor Econômico

A empresa informou que estão se instalando no TX2, o terminal terrestre, empresas como Technip, NOV e Intermoor, além da OSX.

Por Marta Nogueira e Francisco Góes - Valor Econômico

A LLX, braço logístico do grupo EBX, deu uma guinada no Superporto do Açu, principal projeto da empresa no município de São João da Barra, no norte fluminense. Construído para ter o minério de ferro como âncora, o Açu está voltando-se com força para a indústria de petróleo e gás. O primeiro embarque de minério de ferro da Anglo American pelo Açu está programado para o segundo semestre de 2014, com cerca de quatro anos de atraso em relação à previsão inicial. Mas ainda em 2013 devem começar no Açu operações de prestadoras de serviços à indústria de petróleo e gás, caso do estaleiro da OSX, empresa de construção naval e offshore da EBX, da Technip e da National Oil Varco (NOV).

Em nota, a LLX afirmou: "Com o início das operações previsto para este ano, o Superporto do Açu se qualifica como o hub [ponto concentrador] brasileiro para o setor de óleo e gás e como alternativa para a instalação de empresas que operam no Brasil neste setor", disse, em comunicado, Marcus Berto, diretor-presidente da LLX.

A empresa informou que estão se instalando no TX2, o terminal terrestre, empresas como Technip, NOV e Intermoor, além da OSX. Em fevereiro, a LLX assinou com a Asco contrato para a prestação de serviços de logística para empresas de exploração e produção de petróleo e fornecedores no Açu.

Em outra frente, o terminal marítimo, TX1, terá capacidade de receber navios de minério de ferro e petroleiros e realizar operações de transbordo, tancagem e blending (mistura). A LLX também tenta atrair a Petrobras para o Açu, projeto que tem investimentos previstos de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 3,15 bilhões já realizados. O investimento remanescente será feito com recursos de financiamento enquadrado com o BNDES.

No ano passado, Eike Batista anunciou uma operação que poderia levar ao fechamento de capital da empresa, mas desistiu da operação. Na ocasião, a LLX disse que a decisão não afetava os planos e reafirmou que o Açu começaria a operar em 2013. O analista do UBS, Victor Mizusaki, descarta o risco de a companhia não conseguir financiar o projeto. Segundo ele, a LLX está capitalizada.

Em setembro, a companhia tinha R$ 877 milhões em caixa e endividamento de R$ 1,8 bilhão. Em dezembro, foi realizado o desembolso de R$ 318 milhões remanescentes referentes a um financiamento de R$ 518 milhões aprovado com o BNDES, alterando o caixa para R$ 1,2 bilhão e o endividamento para R$ 2,1 bilhões.

Mizusaki disse que a parte referente ao minério está garantida e vê boas possibilidades para o Açu no petróleo. "Nos últimos dois anos, o grupo se deparou com possibilidade de investir no business do petróleo. Era uma oportunidade, mas era distante e foi ganhando muito corpo."

Entretanto, a empresa tem enfrentado problemas. Dentre eles estão a desistência de algumas grandes empresas que se instalarem no local, como a norueguesa Subsea 7 e a chinesa Wuhan Iron and Steel, além de questionamentos ambientais e a forma como está sendo conduzida a desapropriação das terras. A LLX tem cerca de 60 memorandos de entendimentos com empresas interessadas em se instalar na retroárea do porto. Até agora, apenas nove fecharam contratos.

Fonte: Valor Econômico

Reforço antecipado nos trilhos e na baía no Rio de Janeiro

10/12/2012 - O Dia Online

Fabricação nacional de trens começará já no ano que vem. Rio recebe nesta terça-feira 2 barcas

Rio - Alívio à vista para usuários de transporte público no Rio. Dois catamarãs vão atracar nesta terça-feira, no Porto do Rio, com a promessa de reforçar as barcas em 1.600 lugares por hora nos horários de pico.

O serviço da SuperVia promete também entrar nos trilhos antes do esperado: até fevereiro de 2014, 20 novos trens montados em Deodoro, na Zona Oeste, devem entrar em operação com capacidade para mais 20 mil passageiros. A data prevista antes era 2016.

A nova fábrica de montagem é fruto da parceria com a empresa francesa Alstom e ficará pronta até junho. O contrato foi firmado na manhã desta segunda, com presença do governador Sérgio Cabral.

Composições das linhas 3 e 4 do metrô e os VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) poderão ser produzidos lá. "Vamos avaliar a locação do espaço para atender novos projetos", adiantou o presidente da Alstom Brasil, Marcos Costa.

As composições para a SuperVia serão parecidas com as da frota chinesa, com passagem interna entre vagões, TVs e painéis de LED. A capacidade para passageiros, no entanto, será 20% menor nos trens nacionais.

O mapa de linhas digital é a grande novidade nos carros: nos vagões, mostrará em que ponto do trajeto o trem está. "A ideia inicial seria fabricar os trens na França, mas decidimos trazer todo o trabalho para a nossa casa.

A grande vantagem é que vamos acompanhar todo o processo de fabricação e ainda gerar empregos na cidade", explica o presidente da SuperVia, Carlos José da Cunha, que garantiu 270 vagas diretas e indiretas. A implantação da fábrica e construção dos trens representam investimento de R$ 2,4 bilhões da concessionária em parceria com o estado.

Catamarãs ainda sem data

Os novos catamarãs alugados de Hong Kong atravessaram o oceano a bordo de um cargueiro e só vão entrar em operação após série de testes no mar, ainda sem data para começar.

A CCR Barcas também não divulgou oficialmente o itinerário das embarcações mas adiantou que o novo investimento será para desafogar os horário de pico na linha Praça 15-Praça Arariboia, a mais movimentada. De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes, a concessionária assumiu o compromisso de oferecer 1.600 lugares por hora nos horários de pico.

Por Angélica Fernandes

Barcas sob nova direção, mas com velhos problemas

08/03/2013 - O Globo

Mudanças só devem ocorrer no longo prazo, enquanto isso há previsão de mais aumentos

PEDRO MANSUR

Filas no catamarã que faz a linha Charitas-Praça XV da CCR Barcas Luisa Valle / O Globo

RIO - Os problemas de falta de embarcações, atrasos e longas filas nas estações das barcas registrados na última semana estão longe de serem resolvidos. Pelo menos em curto prazo. A previsão é que uma nova barca entre em operação na próxima segunda-feira, na linha Charitas, e uma terceira já está sendo negociada para o fim de março para operar, provavelmente, em Paquetá. Já as nove barcas encomendadas pelo governo por R$ 273 milhões só devem entrar em circulação entre 2014 e 2015. Enquanto isso, a CCR Barcas recebeu autorização da Agetransp para reajustar o valor da passagem da linha Charitas-Praça Quinze, que passaria de R$ 12 para R$ 13,50, apesar da recomendação de manter o valor promocional.

Na hora em que a gente resolver o problema de Charitas, quando estiver de acordo com o que o usuário precisa, aí nós vamos falar algo. Nós não planejamos aumentar agora explicou o atual presidente da CCR Barcas, Márcio Roberto de Moraes e Silva, referindo-se às obras para instalação de ar-condicionado e cadeiras no corredor de embarque da estação projetada por Oscar Niemeyer, que devem ficar prontas em julho.

Enquanto os usuários aguardam as mudanças e um possível aumento, os problemas continuam. Só nesta semana foram registradas pelo menos duas confusões em Charitas. Na quarta-feira, duas embarcações precisaram ser retiradas de circulação, o que provocou enormes filas e deixou os horários irregulares. O tempo de espera para embarque chegava a 40 minutos e as filas tomavam o calçadão da praia. Segundo a concessionária CCR Barcas, o intervalo entre as embarcações era de 20 minutos. Polícias militares foram acionados e ficaram posicionados no entorno da estação para evitar confusões e depredações.

Dois dias antes, na segunda-feira, uma grande confusão ocorreu na estação, após o catamarã que sairia às 8h35m apresentar defeito mecânico. Devido ao atraso, os passageiros ficaram cerca de quarenta minutos sob o sol, aguardando uma nova embarcação. Revoltados, alguns usuários pularam as roletas ao chegar à estação e, como embarcaram num catamarã já cheio, tiveram que ser transferidos para outro. A medida provocou discussão entre passageiros e funcionários, e, por isso, a barca só saiu de Niterói às 9h17m. Durante a travessia, pessoas ficaram em pé, protestando contra o atraso. Como a viagem só pode prosseguir com todos sentados, a tripulação foi obrigada a parar duas vezes. O catamarã só chegou ao Rio às 9h33m, pois teria excedido a velocidade padrão.

Para a jornalista Ana Leticia de Morais Ribeiro, que usa a linha diariamente, a situação da segunda-feira só foi diferente por que teve um atraso ainda maior.

É o cúmulo você ter que pagar por um serviço que, se o mundo fosse honesto, teria que ser público. Entendo a revolta das pessoas que pularam as catracas e as que ficaram em pé na embarcação. Eu paguei R$ 15, porque pego o integração Itaipu e me senti utilizando o serviço comum, que custa um preço não menos injusto (R$ 4,50). Se quiserem oferecer um serviço de péssima qualidade como este, para que segmentar preço e público? pergunta a moradora de Piratininga, de 26 anos.

O engenheiro Sergio Bruno, que usa a linha Charitas-Praça Quinze todos os dias, relata que já virou rotina os atrasos no catamarã.

Está cada vez mais ridículo. Quando assumiram, cheguei a ter a impressão que o serviço iria melhorar com a nova concessionária, mas eles estão fazendo coisas até piores do que a Barcas S/A (antiga concessionária). Estão maquiando os horários de saída tanto dos catamarãs quanto das barcas normais, dizendo que a operação está normal enquanto os horários estão irregulares contou o morador de São Francisco, que disse já ter visto um catamarã ser atrasado de propósito para mais pessoas embarcarem.

O presidente da CCR Barcas admite que atualmente o serviço das barcas não é o ideal. Ele, no entanto, explica que num primeiro momento o foco da concessionária é buscar novas embarcações e melhorar a infraestrutura das estações.

Sabemos da insatisfação do usuário, não é novidade para nós. Problema de falta de informação é até muito fácil (de resolver), com um sistema de som. Além disso, o site ainda está passando por uma reforma. Mas embarcação eu não resolvo de um dia para o outro. Então o nosso grande trabalho é colocar embarcação nova, esse é o foco disse ele, afirmando ainda que durante muito tempo a empresa funcionou sem equilíbrio financeiro:

Essa é uma empresa que passou 14 anos com o contrato desequilibrado, os custos e os investimentos não estão refletidos na tarifa praticada. E quando isso acontece, se você não tem o contrato equilibrado, você não está, de uma forma ou de outra, fazendo tudo aquilo que precisa ser feito, até porque você não está sendo remunerado por aquilo. Então naturalmente tem um passivo de toda ordem. E esse é o cenário que a gente pegou há oito meses.

Para a recém-nomeada secretária estadual de Proteção e Defesa do Consumidor , Cidinha Campos, o silêncio da CCR quando ocorrem problemas é "um absurdo".

A situação da informação é crítica. Eles tem que reconhecer essa situação e não reconhecem. A situação da comunicação com o público está muito ruim. Quem não se comunica se trumbica, já dizia o Chacrinha. Tem que colocar as informações nos painéis dentro da barca, no site. Estão fazendo um esforço nas operações, mas a comunicação é uma coisa básica, o consumidor precisa saber o que ocorre, até para evitar um tumulto.

Problemas também na linha Praça Quinze-Niterói

A situação também é complicada na linha principal das barcas, entre a Praça Quinze e o Centro de Niterói. Problemas mecânicos durante os horários de pico têm causado atrasos quase diários, o que já complica ainda mais um sistema sobrecarregado. Apesar disso, a tarifa da linha foi reajustada de R$ 4,50 para R$ 4,80, novo valor que vale a partir do começo de abril.

A situação dos banheiros é crítica. Encontramos uma barca com quatro banheiros, três dos quais não funcionavam. A CCR diz que tem um número limitado de embarcações e que não pode tirar todas para fazer manutenção. Mas prometeu resolver essa questão. Outra é o Riocard, que hoje só passa após as 7h. Isso será revisto afirma Cidinha, que acrescenta. Firmamos um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), não-oficial, entre cavalheiros. Assinaremos um mais tarde. Temos que reconhecer que demora para chegarem as novas barcas, que já estão compradas. A previsão que a CCR me passou é para 2015, daqui a 24 meses. Me contam que estão tentando agilizar a situação, encurtar o prazo para 18 meses, e enquanto isso alugar outras, como essa nova para Charitas. Estamos corrigindo um descaso que vem de anos, de muitas administrações.

Atualmente a CCR Barcas administra 19 embarcações - sem contar com as duas novas previstas para entrar em operação ainda neste ano - que funcionam nas quatro linhas que fazem ligação com a Praça Quinze. De acordo com a concessionária, até dezembro está prevista a inauguração do novo terminal das barcas no Centro de Niterói com capacidade para 8 mil pessoas. Os catamarãs sociais também devem ganhar ar-condicionado, antiga reivindicação dos passageiros, após a chegada das novas embarcações encomendadas pelo governo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

CNT aponta principais problemas dos portos

12/12/2012 - Agência Brasil

Confederação Nacional dos Transportes dá ênfase ao excesso de tributos, de tarifas e de burocracia

Portos brasileiros apresentam problemas, segundo a CNT (crédito: Divulgação)

Os principais problemas dos portos brasileiros são o excesso de tributos, de tarifas e de burocracia, além do elevado custo de mão de obra e de deficiências nos acessos terrestres. A avaliação é resultado da pesquisa divulgada hoje (12) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Foram ouvidos 212 agentes marítimos que operam nos principais portos do país, em 15 estados.

O investimento de R$ 31 bilhões, nos próximos três anos, anunciado pelo governo na semana passada, é considerado importante para melhorar a situação. O plano "mostra que o governo está preocupado com o setor, o que é fundamental", de acordo com o vice-presidente da entidade, Meton Soares. Mas, segundo ele, a CNT vai analisar o programa de investimentos previstos até 2015, para depois se pronunciar sobre o que pode resultar em melhorias nos portos.

O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, disse que é preciso esperar para ver se o governo cumprirá a promessa de investir em três anos 10 vezes mais do que aplicou nos portos nos últimos dez anos, quando os gastos foram de R$ 3,1 bilhões. Um exemplo de ineficiência, citado na pesquisa, é a falta de investimentos governamentais em operação e gestão. Ele cita o custo médio de movimentação de um contêiner no Brasil: "esse valor chega a US$ 200, enquanto nos principais portos europeus é US$ 110 e nos asiáticos, US$ 75".

Conforme a pesquisa, o Brasil pode ser considerado privilegiado para o desenvolvimento da atividade, por ter litoral com 7.367 km de extensão. Graças a isso, "95,9% do volume total de cargas exportadas em 2011 passaram pelos portos nacionais". Mesmo assim, os investimentos públicos em transporte marítimo caíram em relação ao ano passado. Até outubro de 2012, somaram R$ 273,2 milhões; em todo o ano de 2011, alcançaram R$ 566,4 milhões. Outro número: até outubro, haviam sido investidos R$ 99,6 milhões em obras de dragagem, contra R$ 508,6 milhões durante todo o ano de 2011.

Segundo Meton Soares, os portos brasileiros podem melhorar com medidas do Poder Público, como a melhoria do espaço operacional no cais de atracação, que 53,3% dos entrevistados consideraram inadequado. Há problemas também com os diferentes procedimentos nos 13 principais portos do país, o que causa dificuldade para as operações dos navios e das cargas.

Durante a apresentação da pesquisa, uma das questões mais criticadas foi a dificuldade para implantação do Programa Porto sem Papel, cujo objetivo é tornar menos burocráticos os procedimentos administrativos e, assim, diminuir o tempo das operações portuárias. De acordo com o vice-presidente da Federação Nacional dos Agentes Marítimos (Fenamar), Valdemar Rocha Júnior, "em vez de eliminar o papel, o programa criou mais papel e provocou mais demora no nosso trabalho".

Ele diz que os diversos órgãos envolvidos na operação dos portos não dispensam papel e carimbo para liberar os documentos necessários e pioram a situação, pois é preciso "fazer tudo duas vezes, preenchendo os documentos do Porto sem Papel e depois os papéis exigidos por esses órgãos". O agente considerou o fato um problema cultural e disse que só poderá ser resolvido, talvez, "se a Casa Civil [da Presidência da República] determinar que seja cumprido o que prevê o Porto sem Papel".

Estado fará PPP para ferrovias e novo Porto na Paraíba

16/12/2012 - Paraiba.com.br

O Secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Gustavo Nogueira, comentou que o estado vai investir em Parcerias Público-Privadas (PPP) para realizar obras na área de ferrovias, Porto de Cabedelo e um novo porto para a Paraíba.

Nogueira comentou que estão sendo abertas diversas discussões com vários investidores na possibilidade de fazer várias parcerias público-privadas que são feitas para projetos que não são rentáveis para a iniciativa privada e explicou que esse é um tipo de concessão diferente.

"O estado entra com uma parte e a iniciativa privada com outra. O PPP é a saída, já que o estado não tem poupança interna suficiente para fazer frente a esse vazio", destaca.

O secretário destacou que já existe esse tipo de iniciativa em vários estados como o Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco, onde são feitas várias 'arenas multiuso'

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Travessia Porto Alegre-Guaíba é uma realidade para poucas cidades brasileiras

21/01/2013 - Catsul

O transporte hidroviário de passageiros entre a Capital e o município de Guaíba está funcionando após décadas de tentativas frustradas dos governos passados.


Do tipo catamarã, com casco duplo, o veículo tem 18 metros e com capacidade para 120 passageiros oferece poltronas estofadas, TVs de LCD e ambiente climatizado. Os 15 quilômetros do percurso devem durar cerca de 20 minutos.

O preço da passagem é de R$ 6, de segundas a sextas-feiras, e de R$ 7, aos sábados, domingos e feriados. O pagamento pode ser feito em dinheiro e cartões de débito do Banrisul, Visa e Mastercard. O cartão TEU também pode ser utilizado.

Enquanto o trajeto é feito em 20 minutos de barco, com ônibus o trajeto entre as duas cidades leva pelo menos 40 minutos. O coletivo, porém, é mais barato, com tarifa a partir de R$ 4,65. Em Porto Alegre, o terminal de embarque e desembarque está localizado no Armazém B-3 do Cais do Porto, próximo ao Mercado Público. Na cidade vizinha, localiza-se junto à Estação Rodoviária.





Acessibilidade


A CatSul preparou os terminais e as embarcações com todas as condições de acessibilidade.

O acesso e saída dos terminais e dos barcos é através de rampas. Além disso, foram instalados assentos exclusivos para portadores de necessidades especiais e cintos de segurança para cadeirantes.

Informações: CatSul

sábado, 19 de janeiro de 2013

Hidrovias, ferrovias, sem um novo olhar

Hidrovias, ferrovias, sem um novo olhar

13/01/2013 - O Estado de São Paulo

O sucateamento pós-privatizações, em governos da segunda metade do século passado e início deste, e a concorrência desleal do transporte rodoviário subsidiado levaram ao quadro de hoje.

Parece difícil de acre ditar, mas um dire tor da Associação Brasileira de Recur sos Hídricos anun cia que estão sendo preparadas licitações de obras para tornar viáveis hidrovias nas Bacias Teles Pires-Tapajós e Araguaia-Tocantins (Estado, 15/12/2012). O primeiro projeto já está debaixo de fortes ataques por englobar também a implan tação de várias hidrelétricas em áreas indígenas e de preserva ção permanente na Amazônia. O segundo some e ressurge de tempos em tempos, apesar dos fortíssimos argumentos que têm sido invocados para mos trar seus inumeráveis e insupe ráveis problemas.

São muitos os cientistas que têm mostrado ao longo dos anos a inconveniência de implantar uma hidrovia no Araguaia. Rio de região ainda em formação, o Araguaia nem sequer tem leito navegável permanente - pois es te se desloca de ano para ano, com a movimentação de sedi mentos. Estudo da Universida de Federal de Goiás já demons trou que num único ano passam por Aruanã, ainda no Médio Ara guaia, nada menos de 6 milhões de toneladas de sedimentos, vin das desde a região de nascentes, onde continuam a se formar e se expandir gigantescas voçorocas (agravadas pela erosão decor rente da formação de pastagens, canaviais e culturas de soja). Im plantar uma hidrovia nesse rio exigiria escavar e isolar um canal permanente ao longo de cente nas de quilômetros.

Quanto custaria? Onde se de positariam os sedimentos retira dos e os que viessem depois? Qual o preço da manutenção? E o preço do transporte, já que as cargas exportadas do Centro-Oeste teriam de ser desembarca das em certo ponto da margem, levadas por caminhão até o lugar em que seriam repassadas para a ferrovia de Carajás e de novo de sembarcadas e reembarcadas no Maranhão?

Com tudo isso, também se anularia, pelos custos, a grande vantagem: permitir que safras brasileiras chegassem ao Atlânti co - e daí à Europa e à Asia - a preços inferiores aos dos produ tos norte-americanos.

Isso ainda é possível com uma Ferrovia Norte-Sul. Mas quando se passa a esse capítulo das ferro vias, as surpresas não são meno res. Depois de décadas de esque cimento, anuncia-se que elas te rão agora investimentos federais de R$ 25 bilhões entre 2013 e 2016, aos quais se somarão R$ 50 bilhões de empreendimentos pri vados. Talvez consigamos assim nos redimir de tantos pecados desde que a Norte-Sul teve sua primeira licitação embargada (com toda a razão) em 1987, por causa de irregularidades na licita ção do governo federal. Só que se confundiu o acessório - as irregu laridades - com o principal - a obra em si. Mas, na melhor das hipóteses, essa ferrovia só estará pronta no final de 2014, segundo anunciou a presidente da Repú blica. Desde 2007 já consumiu R$ 6 bilhões e só tem 15% do traje to pronto.

Não é só a Norte-Sul que sofre com percalços, desonestidades, etc. A Transnordestina, iniciada em 2006 e prevista para 2014, ao custo de R$ 4,5 bilhões, não será completada no prazo de 2014 (Estado, 31/12/2012). O consór cio que nela trabalha agora prevê custo de R$ 8,2 bilhões e quer um adicional, que o governo federal não aceita. E com isso se retar dam as ligações do Porto de Suape, no Maranhão, e do município de Eliseu Martins, no Piauí, a Sal gueiro e ao Porto de Pecém, no Ceará - o caminho para escoa mento de safras em direção ao Hemisfério Norte, com as mes mas vantagens da Norte-Sul. Mas os técnicos dizem que, no ritmo atual das obras, elas só se concluirão em 2036, já que ape nas 345 dos 1.728 quilômetros previstos estão prontos.

É quase impossível para as pes soas mais novas imaginar que no Brasil, há mais de meio século, cargas e pessoas se deslocavam quase somente em comboios fer roviários, de norte a sul. Como pensar que tínhamos até ramais ferroviários eletrificados? Em 1958 o País ainda tinha 38 mil qui lômetros de ferrovias, que come çaram a ser sucateadas nos go vernos a partir da década de 60, principalmente para favorecer a nascente indústria automobilís tica. Hoje tem 28.600 quilôme tros, a maior parte ociosos du rante quase todo o tempo, pois apenas 4 mil são modernos. É o que restou de um sistema inicia do no Império, em 1852, com uma concessão feita ao barão de Mauá, por 70 anos.

O sucateamento pós-privatizações, em governos da segunda metade do século passado e iní cio deste, e a concorrência des leal do transporte rodoviário subsidiado levaram ao quadro de hoje, quando se anuncia uma retomada de investimentos que chegaria a R$ 75 bilhões entre 2013 e 2016 (Estado, 4/9/2012). Mas a grande atração parece con tinuar sendo o trem-bala Rio-Campinas, que, só ele, custaria R$ 27,6 bilhões, segundo a Agên cia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Tudo isso seria parte do investimento total de R$ 401 bilhões em infraestrutura, com destaque para os setores de enèrgia elétrica (R$ 158 bi lhões), telecomunicações (R$ 74 bilhões) e transporte rodoviá rio (R$ 53 bilhões).

Mais uma vez é preciso insis tir que falta a definição de estra tégia nacional para os novos tempos em que se vive no mun do - onde os problemas de cli ma, energia, ambiente, alimen tação e outros estão entrelaça dos e exigem posturas adequa das às novas situações. A sensa ção que fica, ainda hoje, é a de que continuamos a viver uma mistura dos governos jusceliniano e janista, com ênfase absolu ta em "desenvolvimentismo" e "política externa independen te". Não é preciso discutir mui to para concluir que os tempos são outros, como são outras as exigências prioritárias para um mundo conturbado, complexo e mutante. Nele o Brasil pode vir a ter condições excepcio nais, graças aos fatores privile giados de que dispõe - territó rio, recursos hídricos, biodiver sidade, possibilidade de matriz energética limpa e renovável. Basta olhar o recém-publicado atlas Amazônia BajoPresión (edi tado pela Rede Amazônica de In formação Socioambiental Geor- referenciada e coordenado por Beto Ricardo, do Instituto So cioambiental) para ver que só na Amazônia brasileira esses fa tores são imensos - mas já sob ataques em muitas frentes.

Fonte: Washington Novaes - O Estado de S. Paulo