quinta-feira, 28 de junho de 2012

Porto Alegre-Guaíba supera 500 mil

25/06/2012 - Webtranspo

Hidrovia foi inaugurada em outubro de 2011 -

A embarcação realiza 29 viagens durante os dias úteis

Em menos de oito meses de existência, a hidrovia Porto Alegre-Guaíba já transportou mais de 500 mil pessoas. Inaugurado em 27 de outubro do ano passado, o local tem ampliado o seu fluxo, que era de aproximadamente 2 mil passageiros por dia no início dos serviços e, atualmente, registra em média 3 mil nos finais de semana.

No verão, a média foi de 4 mil pessoas nos finais de semana e 1,5 mil de segunda a sexta-feira. Os horários de maior circulação de Guaíba a Porto Alegre são às 7h30 e 8h30 e, de Porto Alegre a Guaíba, às 17h, 18h e 19h.

O tempo de viagem entre os municípios cai pela metade com a utilização do catamarã. A embarcação realiza 29 viagens durante os dias úteis e cada travessia dura, em média, 20 minutos, sem contar o tempo de embarque e desembarque. De acordo com Aurélio Viero, coordenador operacional da Catsul, empresa responsável pela embarcação, em determinados horários de pico é necessário colocar em funcionamento a barca reserva.

"Há uma relação amistosa, os passageiros tornam-se tripulantes ao viajarem diariamente conosco", diz Jones Machado, comandante e navegador da embarcação.

Além de Porto Alegre e Guaíba, a travessia atende também os municípios de Arroio dos Ratos, São Jerônimo, Charqueadas e Eldorado do Sul, por meio da integração rodoviária no terminal de Guaíba.

Transporte marítimo do Brasil é dominado por bandeiras estrangeiras

Junho/2012

O Instituto Nacional de Estudos Jurídicos e Empresariais (INEJE) realizou, na última sexta-feira na capital gaúcha, o 2º Seminário de Direito, Desenvolvimento Portuário e Construção Naval
Ao abrir o evento, que reuniu renomados maritimistas, o presidente do Instituto, Luiz Alberto Pereira Filho, destacou que no Brasil 95% do comércio exterior é feito pelo mar e menos de 1% por meio de navios de bandeira nacional. ?Isso já demonstra a necessidade de debater o tema e as políticas públicas para o setor?, disse ele, para uma plateia de cerca de 60 empresários e profissionais brasileiros e argentinos.
O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul, Lauri Kotz, traçou um panorama a respeito das conquistas e perspectivas dos despachantes aduaneiros do Brasil e lembrou que desde 2011 a Instrução Normativa 1.209 disciplina o exame de qualificação como requisito para a habilitação do despachante aduaneiro.
Segundo ele, 97% do comércio exterior passa pela mão do despachante aduaneiro, definido como pessoa física e autônoma, não podendo ser jurídica, o que atesta a importância desse profissional. Kotz enfatizou que o profissional possui a ?expertise? por conhecer a legislação e todas as etapas dos processos aduaneiros e é um especialista na análise documental e nos processos operacionais.
A importância da segurança jurídica para o desenvolvimento naval e dos portos gaúchos foi o tema da palestra do coordenador do Grupo de Pesquisa Regulação da Infraestrutura e Juridicidade da Atividade Portuária e Pós-Doutor em Regulação da Infraestrutura de Transportes e Portos da Harvard University, Osvaldo Agripino de Castro Júnior. O especialista enfatizou que o Rio Grande do Sul está em boas mãos para o desenvolvimento portuário e marítimo, mas é preciso existir no país maior segurança jurídica para reduzir o risco nas transações comerciais e aumentar a sustentabilidade. ?A enorme dependência do transporte marítimo é uma das fraturas expostas da economia brasileira?, afirmou.  Segundo ele, 80% dos contêineres são controlados por apenas quatro grupos transnacionais e o preço do frete é duas vezes maior do que na Europa ? isso que 80% do comércio internacional é transportado pela via marítima.
Conforme o ex-comandante Wesley Collyer, mestre em Direito das Relações Internacionais, Comércio e Atividade Portuária, um novo cenário se apresentará ao comércio marítimo internacional com expansão do Canal do Panamá, que conta com 81 quilômetros de extensão e com quase 150 rotas de navegação. ?A maior parte das nações no mundo têm sido beneficiadas direta ou indiretamente pelo Canal do Panamá?, informou. ?Pelo local passa 5% do comércio mundial?.
A expansão, segundo o especialista, deve estar concluída em 2014, quando o Canal completará 100 anos. O custo estimado é de US$ de 5,25 bilhões. Com essa ampliação, prevê ele, haverá um aumento significativo na capacidade de carga das embarcações (?postpanamax?), com efeito cascata que colocará pressão em todos os portos dependentes do Canal, para receberem navios maiores. ?Todo porto do mundo que pretenda continuar competitivo deverá acompanhar a tendência mundial?, afirmou. ?Rio Grande possui excelentes condições para se transformar em um feeder (porto intermediário) e ser o grande porto distribuidor de mercadorias do Mercosul. Porém, precisa ser ágil, há outros candidatos?.
Segundo o doutor em Direito Tributário e vice-presidente do Ineje, Felipe Ferreira da Silva, a indústria da construção naval brasileira é um setor estratégico em razão dos fatores econômicos, políticos e militares. ?A construção naval é um setor estratégico para muitos países. Por isso, precisamos, no Brasil, olhar um pouco mais para a marinha mercante? aconselhou. ?E não se trata de um problema de incentivo fiscal, mas de política de Estado para este segmento?.
Acidentes marítimos
?No Brasil, vivemos um avanço na expansão do setor naval e com esse crescimento vem a necessidade de mão de obra qualificada. E, como em qualquer atividade, existe risco?. Com essa constatação, a mestre em Direito do Comercio Y Finanzas Internacionales da Universidade de Barcelona, Carla Fregoni, abriu o ciclo de palestras da tarde.  Ao dissertar sobre ?os impactos dos acidentes marítimos para a construção naval na visão jurídica?, frisou que existem normas e regras que precisam ser observadas para evitar futuros acidentes. ?A construção civil é diferente de construção naval. Por isso ao longo dos últimos quatro anos as licitações estão exigindo engenheiros navais?.
?O papel do operador econômico autorizado?, foi o tema do mestre em Direito Internacional, Comunitários e Transnacional, Maxsoel Bastos de Freitas. Segundo ele, os operadores econômicos autorizados podem ser, entre outros, fabricantes, importadores, exportadores, despachantes aduaneiros, transportadores, agentes de carga, intermediários, administradores de portos e aeroportos, operadores de terminais, operadores de transporte multimodal, permissionários e concessionários de recintos alfandegados e distribuidores.
Junto com a Aduana, informou Maxoel, o operador econômico autorizado deve planejar e implementar os procedimentos de controle, avaliação e análise, bem como mecanismos que permitam aperfeiçoamento.  O profissional é uma pessoa física ou jurídica envolvida no movimento internacional de mercadorias certificado para operações de acordo com as normas estabelecidas pelo setor, como segurança de cadeia logística e aduaneira.
Para especialista, o Brasil precisa de política pública para o setor aquaviário.
Para a advogada especialista em Direito Aquaviário, Daniela Ohana, muitos destes problemas poderiam ser amenizados se houvesse uma política pública direcionada à qualificação e capacitação do setor. ?Temos que pensar com seriedade em estratégias desenvolvimento sustentável e uma cultura maritimista e de comércio exterior. Falta aplicabilidade a boas ideias e um planejamento estratégico a longo prazo com integração de todos os órgãos intervenientes. É um absurdo imaginar que para atender à demanda crescente com o setor de óleo e gás, se reduza a formação de oficiais da marinha mercante de três para dois anos?, alerta.
O Seminário foi encerrado por Wilen Manteli, fundador e presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários, que apontou um conjunto de dificuldades para o setor, no Brasil, e as resumiu como um problema de mentalidade. ?Em todos escalões?, disse ele. ?Em todas as etapas. Temos mentalidade de súditos?.
?O Brasil cria suas próprias dificuldades: excesso de burocracia, retorno do intervencionismo estatal e disputas entre operadores privados são alguns dos principais entraves que impedem que o Brasil navegue no rumo certo?.  E como resolver impasses dessa magnitude? ?Com pressão de nossas lideranças, de nossos empresários, dos homens que querem que as coisas aconteçam?, explicou.

sábado, 23 de junho de 2012

Governo do RJ recebe R$ 3,6 bilhões de empréstimos para obras

12/06/2012 - G1

Recursos serão investidos em programas de mobilidade urbana. 
Segundo a Secretaria de Obras, 14 projetos integram as prioridades. 

O governador do Rio, Sérgio Cabral, assina nesta quarta-feira (13), com a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, um empréstimo de R$ 3,6 bilhões para obras de melhoria de infraestrutura rodoviária e mobilidade urbana. Este é o maior empréstimo da história concedido pelo BB. A assinatura será no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.
De acordo com informações da Secretaria estadual de Obras, os recursos serão investidos em 14 projetos considerados prioritários para preparar o estado para receber grandes eventos como, a Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. O prazo de execução dos projetos é de quatro anos.
Entre os projetos de mobilidade estão as Linhas 3 (Niterói-São Gonçalo) e 4 do metrô, o arco metropolitano, aquisição de barcas para a travessia Rio-Niterói e o programa Pró-Estadas, com obras de implantação, duplicação e restauração de rodovias, como a RJ-148 (Nova Friburgo).
O governo também vai destinar parte das verbas para projetos de infraestrutura urbana, como o Asfalto na Porta, que prevê pavimentação e sinalização de vias urbanas em 91 municípios. Serão usadas também em obras de urbanização, infraestrutura e esgotamento sanitário em comunidades de baixa renda da Região Metropolitana, obras de contenção de encostas e infraestrutura na Região Serrana, aquisição de equipamentos sociais e terrenos para programas dos municípios e controle de cheias nas regiões Norte e Noroeste do estado.
Visando a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, também serão implantados equipamentos turísticos em cidades como Paraty, no Costa Verde, e Cabo Frio, na Região dos Lagos, construção de casas e construções de sedes do programa Companhia de Operações Especiais (COE) e recuperação do complexo de lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá e do Canal da Joatinga, na Zona Oeste do Rio. 

domingo, 17 de junho de 2012

RS e Uruguai discutem acordos para transporte hidroviário

15/06/2012

As lideranças discutiram, em encontro em Porto Alegre, as parcerias binacionais para a Hidrovia Brasil-Uruguai
Acordos internacionais entre o Rio Grande do Sul e Uruguai foram debatidos pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, o superintendente de Portos e Hidrovias (SPH), Pedro Obelar, e o vice-presidente da Administração Nacional de Portos da República Oriental do Uruguai, Juan José Dominguez. As lideranças discutiram, em encontro em Porto Alegre, as parcerias binacionais para a Hidrovia Brasil-Uruguai, bem como ações específicas para o Canal São Gonçalo, que faz ligação entre a Lagoa Mirim e a Lagoa dos Patos, no Sul do Estado.
Albuquerque relatou que o Governo do Estado formalizou protocolo de gestão compartilhada com o Governo Federal para recuperar mil quilômetros de hidrovias, além de reformar o parque de máquinas do RS. O secretário também destacou a questão logística do Sul do Estado para novos investimentos. "Sabemos dos nossos compromissos com o país vizinho e reconhecemos a importância de viabilizar alternativas de transporte mais eficientes e econômicas, fortalecendo o intercâmbio comercial no âmbito do Mercosul, especialmente entre Brasil e Uruguai. Também estão projetadas instalações de parques eólicos em Santa Vitória do Palmar e podemos aproveitar nossa hidrovia para levar equipamentos até lá", afirmou.
Dominguez abordou a importância dos acordos binacionais para fortalecer a relação entre os países e intensificar projetos aquaviários, sobretudo com o Rio Grande do Sul, pela sua posição estratégica e extensa malha hidroviária formada pelas Bacia da Lagoa dos Patos e a Bacia do Rio Uruguai.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

LLX assina contrato com Subsea 7 para instalação no Superporto do Açu

04/06/2012 - Administradores

Com píer de 250 metros de extensão e dois berços para atracação de embarcações, a unidade da Subsea7 será instalada na entrada do canal do TX2, em sua margem sul

A LLX Açu, subsidiária da LLX, empresa de logística do Grupo EBX, assinou no último dia 25 contrato com a Subsea7 para a instalação de uma unidade para fabricação e revestimentos de dutos rígidos submarinos de grande extensão no Superporto do Açu, em construção em São João da Barra, no norte fluminense.

Com a assinatura deste contrato, a LLX terá uma receita de aproximadamente R$ 21 milhões por ano com aluguel de área e utilização de infraestrutura pelos próximos 10 anos.

"A cada novo contrato fechado, fica evidente que o Superporto do Açu é o site definitivo para as indústrias de suporte ao setor de Petróleo e Gás. Além da localização privilegiada em relação às Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo e aos novos blocos de exploração de petróleo do pré-sal, as indústrias que optaram por instalar suas unidades no terminal TX2 do Superporto, também terão acesso direto ao mar através de um canal de águas abrigadas, tendo à sua disposição um cais próprio", comentou Otávio Lazcano, Diretor Presidente da LLX.

Com píer de 250 metros de extensão e dois berços para atracação de embarcações, a unidade da Subsea7 será instalada na entrada do canal do TX2, em sua margem sul. A empresa tem o início de suas atividades previsto para o ano de 2014.

A Subsea 7 é líder global em engenharia e construção submarina e fornecedora de serviços para a indústria de energia offshore em todo o mundo, com mais de 12 mil empregados e receita de US$ 5,5 bilhões em 2011.