terça-feira, 27 de outubro de 2015

Passageiros aprovam novo esquema

26/10/2015 - O Fluminense

Marina Assumpção 

Embarcações da linha Praça XV-Praça Arariboia sairão em intervalos de 10 minutos e não mais em horário fixo durante o rush

Quando a barca atingir lotação máxima, será liberada para fazer a viagem e a próxima embarcação sairá em 10 minutos
Júlio Silva

O novo sistema operacional da CCR Barcas, que organiza as partidas no esquema de intervalos, entrou em vigor nesta segunda-feira (26) na Estação Arariboia, no Centro de Niterói. Durante os horários de pico da manhã e da tarde, as embarcações da linha Praça XV-Praça Arariboia sairão em intervalos de 10 minutos e não mais em grade de horário fixo. A nova medida agradou passageiros, que acreditam que esta é a melhor forma para evitar esperas.

De acordo com a concessionária, quando a embarcação atingir lotação máxima, será imediatamente liberada para fazer a viagem e a próxima embarcação sairá no intervalo pré-determinado, reduzindo assim o tempo de espera para travessias. Para a gerente de negócios Renata Cruz, a medida vai agilizar as saídas.

“Não costumo utilizar a barca no horário de rush, mas no dia da pesquisa com os usuários fui a favor desta alteração. Acredito que vai diminuir o tempo das saídas, e com isso, reduzir problemas”, disse.

Já a recepcionista Carolina Andrade relatou que usa as barcas todos os dias para trabalhar, e destacou que a nova programação pode evitar filas.

“Acredito que este novo esquema vai diminuir as filas e evitar os atrasos. Com isso, é possível que exista uma melhora no serviço”, declarou.

O corretor André Oliveira pontuou que a medida deve ser melhor aproveitada por estudantes que utilizam o serviço.

“Acredito que os estudantes que costumam pegar a barca de manhã cedo e à tardinha são os maiores beneficiados, pois utilizam o serviço sempre em horário de rush”, relatou.
A corretora de seguros Katia Garcia declarou que o serviço já apresentou diversas melhoras e disse que esta é mais uma delas.

“Não tenho pego mais filas na estação e quase não existem atrasos. Acredito que as Barcas estão bem diferentes do que eram antes. Todas as medidas feitas para melhorias, são ótimas e bem-vindas”, disse.

Segundo a CCR, o objetivo da ação é melhorar os processos de gestão da operação, aumentar a transparência das informações operacionais com os usuários, reduzir os tempos de espera e evitar a formação de filas. O sistema de intervalos já funciona na linha Praça XV-Charitas desde o dia 19 deste mês

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Projeto de estação hidroviária na orla de POA será debatido hoje (19/10/2015)

19/10/2015 - R7 / EPTC

Estação na orla norte da capital gaúcha integra o plano de implantação do transporte hidroviário ao longo de 75 km do Guaíba

Hidrovias municipais: projeto prevê 11 estações na
Hidrovias municipais: projeto prevê 11 estações na orla
créditos: Divulgação/PMPA

A implantação de uma segunda estação hidroviária na orla da região norte da capital gaúcha é o objetivo do Projeto Hidroviárias Municipais/POA -Orla Norte, que está sendo desenvolvido pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). 

O projeto será apresentado em reunião pública nesta segunda-feira (19), às 19h, no Centro Universitário Metodista IPA - Unidade DC Shopping (rua Frederico Mentz, 1606 - Navegantes). 

Revitalização
O projeto integra o Programa Hidroviárias Municipais/Porto Alegre, que prevê a implantação de 11 estações hidroviárias ao longo dos 75 km da orla da capital, conforme previsto no Plano Hidroviário do Rio Grande do Sul. 

Segundo o secretário da Smurb, Valter Nagelstein, o projeto faz parte dos esforços da prefeitura para a revitalização do Quarto Distrito. “O objetivo é construir, em parceria com a comunidade, meios para a implementação desse novo modal de transporte e integrar Porto Alegre com toda a Região Metropolitana”. 

De acordo com o arquiteto da Smurb Marcelo Allet, o Plano Hidroviário do RS está em fase final de elaboração. A iniciativa é da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan/RS). 

Transporte público aquaviário

Este plano maior também será apresentado à população durante a reunião do dia 19. “Em breve, o setor privado será estimulado para a operação de um Sistema de Transporte Público Aquaviário de passageiros entre Porto Alegre e mais 15 cidades da nossa Região Metropolitana”, destaca Allet. 

No dia 26 de outubro será realizada uma Oficina Técnica de Planejamento para apresentação de cenários alternativos e coleta de percepções locais e, no dia 4 de novembro, acontecerá uma Oficina Técnica de Planejamento para avaliação final e validação dos resultados. Os locais serão divulgados em breve. 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Desistência milionária

19/10/2015 -  O Globo

Cento e oitenta anos depois de inaugurada, a travessia marítima na Baía de Guanabara é hoje um transporte à deriva. Na semana passada, quando se comemorava a data histórica — o serviço regular de barcas a vapor começou a operar em 14 de outubro de 1835 —, veio à tona a informação que a concessionária CCR Barcas procurou o estado para propor a devolução da concessão, alegando desequilíbrio econômico e financeiro do contrato. Além de deixar o serviço no meio do caminho, a empresa quer ser ressarcida pela disparidade no contrato, pelo aluguel emergencial de barcas enquanto não chegam as que foram compradas pelo estado ( até agora só foram entregues três de um total de nove) e pela reforma das estações Praça Quinze e Arariboia, que teria consumido R$ 45 milhões. Segundo fonte do primeiro escalão do governo ouvida pelo GLOBO, o valor pretendido seria em torno de R$ 500 milhões.

O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, confirma que a CCR Barcas já manifestou a ele a intenção de fazer "uma solicitação” ao governo. Osorio, no entanto, diz que ainda não recebeu esse documento com o valor. O pedido que ele afirma estar em suas mãos é o de destrato do contrato de forma amigável, alegando não só desequilíbrio econômico- financeiro como também uma decisão estratégica da empresa. A proposta está sendo avaliada pela Procuradoria Geral do Estado, pela Secretaria da Casa Civil e pela Agência Reguladora de Transportes Públicos ( Agetransp).

— De qualquer forma, o fato de a empresa pedir ressarcimento não quer dizer que o governo vá aceitar. Vamos avaliar. — ressalta o secretário, que esta semana se reunirá com a presidência da CCR Barcas.

Formado por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa ( empreiteiras às voltas com a Operação Lava- Jato) e Soares Penido, o grupo CCR assumiu o serviço há três anos, depois que os gestores anteriores decidiram abandonar o barco, em meio a prejuízos e uma enxurrada de reclamações de usuários sobre o serviço. Na época, o consórcio também controlava a Ponte Rio- Niterói. Três anos depois, a CCR Barcas acumula um déficit de R$ 124,2 milhões. E a crise toma corpo num momento em que a concessão ( feita em 1998, quando o estado se desfez da antiga e ineficiente Companhia de Navegação do Rio de Janeiro, a Conerj ) não atingiu sequer a maioridade.


MENOS USUÁRIOS QUE METRÔ E TREM

Ao analisar o contrato recentemente, a Agetransp entendeu que havia desequilíbrio nas contas e recomendou que o estado fizesse investimentos no sistema para não ter que aumentar a tarifa. Com as finanças desidratadas pela crise financeira — o governo está gastando R$ 273 milhões na compra de nove barcas —, o governador Luiz Fernando Pezão, depois de anunciar uma nova licitação para o transporte, corrigindo os erros do modelo atual e dando mais garantias ao estado, adotou um tom mais conciliador. E informou que tentaria negociar com a CCR Barcas uma saída para o imbróglio.

Enquanto a solução para o impasse não desponta no horizonte, os números mostram que o negócio não vai bem. A concessionária opera hoje seis linhas de barcas: Praça Quinze- Praça Arariboia; Praça Quinze- Charitas; Praça Quinze- Paquetá; Praça Quinze- Cocotá; Ilha Grande- Mangaratiba e Ilha Grande- Angra dos Reis, sendo que 90% dos passageiros estão concentrados em apenas duas, as que ligam o Rio a Niterói. Diferentemente do que ocorreu com trens e metrô ( cujos serviços também foram concedidos pelo estado na década de 90), que viram mais que dobrar o número de passageiros desde a concessão ( 143% e 113%, respectivamente), a quantidade de usuários nas linhas entre Rio e Niterói aumentou apenas 35% desde 1999. E, nos últimos anos, quando se multiplicaram os engarrafamentos na Zona Portuária por conta das obras para as Olimpíadas de 2016, fato que poderia estimular o uso das barcas, esse número se manteve praticamente estável.

Mas, por que o quase bicentenário transporte na baía, ligando a antiga e a atual capital do estado, não consegue navegar num mar de almirante?

Na visão da concessionária CCR, as obras no entorno da Praça Quinze atrapalham o desenvolvimento do sistema. Em comunicado enviado aos acionistas do Grupo CCR no fim de 2014, a empresa relaciona a queda no número de passageiros naquele ano ao fechamento do mergulhão. "Esse local concentrava pontos de ônibus de diversas linhas municipais e intermunicipais com integração às barcas”, diz o texto. Uma fonte com acesso à empresa também destaca que o estudo feito pela CCR quando obteve a concessão previa, a essa altura do contrato, número maior de passageiros.

Além das falhas de operação, alvo de constantes reclamações por parte dos usuários, especialistas apontam os problemas no modelo de concessão e a falta de integração com outros meios de transporte como algumas das principais causas para a baixa adesão ao sistema e a alegada falta de lucratividade.

Para o engenheiro de transportes José Eugênio Leal, professor da PUC- Rio, desde o momento da primeira concessão já se sabia que as barcas eram deficitárias. O sistema foi vendido como um todo, inclusive com as dívidas. O relatório que preparou a modelagem da privatização traz indícios dos problemas para fechar as contas. A Conerj foi vendida com um passivo trabalhista estimado em R$ 7,8 milhões, além de dívidas fiscais de R$ 2,1 milhões. Leal cita as deficiências na integração com outros modais e a baixa taxa de ocupação fora dos horários de pico como fatores relevantes para os problemas na operação:

— No horário de pico, provavelmente o sistema se paga. Fora do pico, está longe de se pagar. Seria mais viável se fosse possível pegar um ônibus, a barca e outro ônibus. O problema é que o estado não conseguiria arcar com esse custo do subsídio na tarifa ( do bilhete único).

De acordo com o engenheiro de transportes Alexandre Rojas, professor da Uerj, um alento para as barcas pode ser a extensão da malha do metrô, prometida por Pezão:

— Quando o metrô chegar à Praça Quinze, saindo da Carioca, aí as barcas poderão ser viáveis.

BILHETE ÚNICO PARA TRÊS TRANSPORTES

Professor da UFF, Ilton Curty ressalta que as barcas, por serem um sistema de alta capacidade, precisam de muitas pessoas circulando. Em um estudo que analisou o trecho Rio- Niterói, Curty detectou uma taxa de ocupação de 32%, abaixo de cidades como São Francisco, nos Estados Unidos, e Lisboa, em Portugal.

— Nos horários de pico, elas ficam lotadas, trazendo desconforto para os usuários. Mas em outros horários sobra espaço.

O professor Luiz Eduardo Brandão, da PUC- Rio, desenvolveu um estudo de demanda em que um único bilhete pudesse ser usado em um ônibus em Niterói, nas barcas, e em outro coletivo no Rio:

— Isso aumentaria a demanda e ajudaria na viabilidade do contrato.

O processo formal para uma nova licitação foi aberto no fim da semana passada na Secretaria estadual de Transportes.

ROTINA DE TRANSTORNOS

A chegada do Grupo CCR à administração do serviço de barcas, em julho de 2012, não significou o fim dos problemas que historicamente atingem o meio de transporte. Nem o catamarã Pão de Açúcar, o mais novo da frota, que passou a faz er a travessia Rio- Niterói em março deste ano, escapou das estatísticas de transtornos. No dia 5 de agosto, ele apresentou um defeito, e o resultado foram filas que ultrapassavam a estação e se estendiam pela Praça Arariboia, em Niterói. Outras quatro embarcações da concessionária fizeram a travessia até que o catamarã pudesse voltar à frota.

Pouco mais de três semanas antes, na manhã do dia 16 de julho, a barca Boa Viagem se chocou contra uma pilastra do atracadouro, ao lado da estação Praça Quinze. Ao menos 13 pessoas ficaram feridas e foram levadas ao Hospital Souza Aguiar, com suspeitas de fraturas. No mês seguinte, a concessionária informou que iria indenizar as pessoas que se machucaram no acidente.

No início de maio, outro trecho administrado pela CCR, a linha Cocotá- Praça Quinze, teve as atividades suspensas por mais de dez dias após a embarcação ter batido na plataforma da estação, no dia 7. Após o acidente, todos os passageiros só foram resgatados após mais de duas horas de trabalho do Corpo de Bombeiros, com o auxílio de lanchas, botes salva- vidas, escadas e cordas.

Desde que assumiu o serviço, em julho de 2012, a CCR foi multada cinco vezes pela Agetransp, agência reguladora dos transportes, com punições que somam cerca de R$ 1,5 milhão. O valor acumulado em pouco mais de três anos representa cerca de 30% dos R$ 4,9 milhões em multas aplicadas desde a privatização do transporte aquaviário, em 1998.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Empresa que explora transporte por barcas no Rio desiste do serviço

13/10/2015 - Agência Brasil

A empresa CCR Barcas, que explora o transporte aquaviário na região metropolitana do Rio e em duas cidades do litoral sul do estado informou hoje (13) a intenção de interromper o serviço. O governo do estado, por meio da Secretaria de Estado de Transportes, confirmou que recebeu o pedido da CCR Barcas, mas garantiu que a operação diária, que movimenta 100 mil passageiros, não sofrerá descontinuidade, até que haja decisão sobre o assunto, que poderá ser uma nova licitação.

A CCR Barcas pediu ao governo fluminense o distrato amigável do contrato de concessão para o transporte aquaviário de passageiros. A empresa argumentou que a medida se fundamenta em estudo feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que apontaria desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão.

Em nota enviada à imprensa, a empresa ressaltou que manterá o transporte diário de passageiros até que seja feita nova licitação. A CCR Barcas opera quatro linhas na região metropolitana: Praça 15 (Rio) – Praça Araribóia (Niterói), Praça 15 – Charitas (Niterói), Praça 15 – Ilha do Governador e Praça 15 – Ilha de Paquetá. A empresa também é responsável pelas linhas Mangaratiba – Ilha Grande e Angra dos Reis – Ilha Grande.

A Secretaria de Transportes reiterou que o contrato de concessão das barcas tem validade até 2023. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que é preciso ver os motivos que estão levando as empresas concessionárias a desistirem de explorar as barcas, pois a CCR Barcas é a terceira a desistir de operar o transporte, desde a privatização do serviço.

“É um jogo de mercado. As empresas às vezes acham que vão faturar muito e não faturam. O estado também tem que ter suas garantias. Tem um contrato [estipulando] que a empresa não pode sair unilateralmente. Vamos ver onde estão as falhas e os desequilíbrios desse contrato, porque não é trivial já ser o terceiro grande grupo que abandona essa concessão. Temos que ver desde 1997, quando este serviço foi concedido, onde estão essas falhas”, disse.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Estado confirma que CCR quer deixar a operação das barcas

12/10/2015 -  O Globo

Concessionária já formalizou intenção ao governo, que analisa o caso
  
MARCO GRILLO 

CCR pretende deixar operação das barcas - Marcos Tristão / Agência O Globo/11-03-2014

RIO — O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, confirmou na manhã desta segunda-feira que a CCR Barcas comunicou ao estado a intenção de deixar a operação do serviço de barcas, conforme antecipou o colunista Ancelmo Gois, do GLOBO. A concessionária explora seis linhas: Praça XV-Praça Arariboia, Praça XV-Charitas, ambas em Niterói, Praça XV-Paquetá, Praça XV-Ilha do Governador, Ilha Grande-Mangaratiba e Ilha Grande-Angra dos Reis.

De acordo com Osorio, a CCR alega “desequilíbrio no contrato” e “falta de interesse estratégico de seguir com a operação”. A questão ainda está no âmbito administrativo e é analisada pelas secretarias de Transportes e da Casa Civil e pela Procuradoria-Geral do Estado. Procurada, a concessionária ainda não se manifestou.

— O contrato não está servindo ao seu propósito. Concessionária e estado estão insatisfeitos. Estamos analisando a questão juridicamente — afirma Osorio.

O contrato, assinado em 1998, determina que a concessão pode ser encerrada de seis maneiras: término do prazo, encampação dos serviços, caducidade, rescisão unilateral ou bilateral, anulação e falência ou extinção da concessionária. Segundo Osorio, a CCR propôs um entendimento entre as partes e não mencionou a possibilidade de uma ação judicial. O documento prevê que, caso o assunto não seja resolvido na esfera administrativa, a concessionária pode acionar o estado judicialmente, “no caso de descumprimento, pelo poder concedente, de normas estabelecidas”. Neste caso, a CCR não poderia interromper o serviço enquanto não houver ação transitada em julgado determinando a extinção do contrato. Osorio garante que a operação não será afetada em nenhum momento e afirma que a a concessionária se colocou à disposição para manter o serviço até que uma nova concessão seja definida, por meio de um edital.

— O estado tem segurança jurídica e não vê espaço para que a concessionária saia de forma unilateral — disse Osorio, descartando a possibilidade de o estado retomar a gestão do serviço, como ocorria até 1998. — O estado não tem interesse em assumir a operação do sistema.

O contrato de concessão foi assinado em 1998. Em 2012, o Grupo CCR comprou 80% das ações da Concessionária Barcas S/A e passou a comandar a operação. O documento é válido até 2023 e tem uma cláusula que prevê a possiblidade de renovação por mais 25 anos.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/estado-confirma-que-ccr-quer-deixar-operacao-das-barcas-17754039#ixzz3oOzalZl3 
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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Barcas passarão a operar por sistema de intervalos nos horários de pico

Medida vale para os serviços Arariboia e Charitas e é resultado da pesquisa de opinião dos usuários

06/10/2015 - Jornal do Brasil

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), com a Agetransp, informa que será implantado novo sistema operacional no serviço de barcas nos horários de pico nas linhas Praça XV - Arariboia e Praça XV - Charitas. Durante os horários de pico da manhã e da tarde, as embarcações sairão em esquema de intervalos: a cada 10 minutos em Arariboia e 15 minutos em Charitas, e não mais em grade de horário fixo como em vigor atualmente.  Com isso, quando uma embarcação atingir a lotação máxima será imediatamente liberada para fazer a viagem e a próxima embarcação sairá no intervalo pré-determinado (10 minutos em Arariboia e 15 minutos Charitas), reduzindo assim o tempo de espera para as travessias.

O objetivo é melhorar os processos de gestão da operação, aumentar a transparência das informações operacionais com os usuários, reduzir os tempos de espera e evitar formação de filas. A mudança, que entra em vigor para o serviço Charitas dia 19/10 e dia 26/10 para o serviço Arariboia, é resultado de pesquisa realizada junto aos usuários do sistema aquaviário, que durou três semanas, e revelou que 82,43% dos passageiros de Charitas e 79,06% dos usuários de Arariboia preferem o novo modelo de operação por intervalos. Ao todo, 1.868 usuários foram ouvidos.

“O sistema de intervalos está baseado nas melhores práticas internacionais. Com a nova operação teremos mais flexibilidade para ajustar a grade de partidas nos horários de pico. O resultado para o passageiro será um serviço mais ágil e eficiente. Como toda mudança, teremos um período de adaptação e poderemos fazer ajustes sempre que necessário”, disse o secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osorio.

Para informação dos usuários, será implantada pela concessionária CCR Barcas, a partir da próxima semana, campanha de comunicação que incluirá distribuição de panfletos, avisos sonoros, cartazes, além de informações por meio do site da empresa e redes sociais.