sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Um ano após a inauguração, Porto de Itapoá começa a pensar na expansão

23/12/2011 - Diário Catarinense

Expectativa para 2012 é aumentar em mais de cinco vezes a movimentação de cargas

Um dos principais gargalos para a expansão do terminal de Itapoá, que completa hoje um ano de inauguração, foi derrubado.

A entrada em operação da SC-415, rodovia que liga o porto ao acesso à BR-101, vai facilitar a entrada e saída de mercadorias e estimular a ampliação na circulação de cargas.
Nos seis meses de efetiva operação de navios, foram movimentados 51 mil contêineres. E a expectativa para 2012 é aumentar em mais de cinco vezes o movimento.

Segundo o diretor superintendente, Patrício Júnior, a ambição é superar 270 mil movimentações no ano.

— Com essa meta e sabendo que nossa capacidade de movimentos está entre 360 mil e 400 mil por ano, nós entraríamos em 2013 já batendo no nosso limite. Nada mais natural que comecemos a pensar e a projetar já o que faremos para ampliar nossa estrutura, afinal, nós queremos ser o porto de Joinville —, afirma.

O executivo diz que o começo de 2012 representa uma fase de desenvolvimento do mercado, de conquista de parceiros comerciais e de saída de um período de lentidão, caracterizada pela desconfiança das empresas no projeto.

— A gente tem tudo ainda para melhorar. O porto estava como um cachorro correndo atrás do rabo, e hoje o cachorro saiu da inércia.
O que acontecia era que a gente tinha um projeto, mas as pessoas viam apenas como um projeto, não como uma realidade.

Hoje, eles veem o porto funcionando, com contêineres entrando e saindo. Estamos provando que Itapoá é uma opção.

A melhoria na infraestrutura, com a entrada em operação da rodovia, é uma carta na manga para atrair novos clientes, diz o executivo.

— Agora é esperar que 2012 traga também a expansão ferroviária para Itapoá.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Alerj: moradores de Paquetá e Ilha Grande terão gratuidade nas barcas

10/12/2011 - Agência Rio

Da Redação

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) incluiu, nesta segunda-feira (19), no projeto que trata das tarifas cobradas pela empresa Barcas S/A, uma viagem gratuidade, de ida e volta, de barcas por dia para os moradores de Paquetá e Ilha Grande. Segundo a Alerj, os moradores destes dois lugares deverão estar cadastrados e também poderão usar o Bilhete Único para transporte intermunicipal.

O texto do Governo, aprovado com mais dez emendas, seguirá para a sanção do governador Sérgio Cabral. “Não faz sentido que estes moradores, que não têm outra opção de transporte não tenham esse direito”, falou a deputada Inês Pandeló em nome da bancada do PTe de seu colega Gilberto Palmares, que assina a emenda da gratuidade.

Outra emenda relevante imposta pela Alerj determina que o Governo realize uma auditoria externa e independente nas contas da concessionária Barcas S/A em até 120 dias após a sanção da lei que institui as tarifas de equilíbrio, turística e social – esta, temporária e subsidiada pelo Governo, que vai fixar seu valor por decreto. “O Governo vai subsidiar a população que não tem como pagar”, frisou o líderdo Governo, deputado André Corrêa (PSD), em resposta aos que tratavam o auxilio como benefício para a empresa. Corrêa informou ainda que o subsídio que manterá a tarifa a “algo em torno de R$3” custará cerca de R$ 30 milhões ao ano para o Governo. Além disso, o Governo comprará sete novas barcas “o que aumentará em2,5 mil a capacidade do serviço”, contabilizou.

Os resultados obtidos pela auditoria deverão ser apresentados em audiência pública conjunta das comissões de Transporte e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle da Alerj.

 

PB

Trajeto Rio-Niterói terá novo catamarã em janeiro

19/12/2011 - O Globo

Outras duas embarcações vão entrar em operação em março

ROGÉRIO DAFLON

RIO - Após o acidente com a embarcação Gávea I e em meio à polêmica sobre o aumento da tarifa — que o governo quer subsidiar —, o estado anunciou que a operadora Barcas S/A terá uma frota maior a partir do início de 2012. A medida tem por objetivo atender à crescente demanda de passageiros, causa de grandes filas nas estações da Praça Quinze, no Rio, e de Arariboia, em Niterói.

O governo adquiriu o catamarã Jumbo Cat II, com 420 lugares, que funcionará já a partir de janeiro, segundo a Secretaria Estadual de Transportes. A aquisição aconteceu depois de concessão de liminar para a desapropriação da embarcação, que pertencia à empresa Transtur, e o pagamento de R$ 8,714 milhões, feito semana passada, em juízo. A concessionária Barcas S/A, por sua vez, alugará mais duas embarcações, com mil lugares cada — sob custo de R$ 7 milhões —, que devem passar a operar em março.

A cada hora, os barcos alugados vão transportar dois mil passageiros. Com capacidade para fazer duas travessias por hora, o Jumbo Cat II, no mesmo período, transportará 840 usuários. No último dia 7, o governador Sérgio Cabral exigiu que a concessionária alugasse mais embarcações para servir mais 3.500 passageiros.

— Essas medidas visam a resolver o problema de maneira mais imediata. Mas, em janeiro, haverá uma licitação para adquirir outras oito embarcações. Daqui a dois anos, quando esses barcos estiverem prontos, contaremos com estrutura para um movimento de passageiros ainda maior — disse o secretário estadual de Transporte, Júlio Lopes.
Barca acidentada voltará a operar no mês que vem

Atualmente, seis barcas circulam pela Baía de Guanabara, quase sempre lotadas, já que muita gente tem procurado o transporte marítimo para fugir dos engarrafamentos na Ponte Rio-Niterói causados pelo conjunto de obras por que passa a Região Portuária. A chegada do novo catamarã, em janeiro, trará alívio aos usuários, que também sentirão uma melhora no sistema quando o catamarã Gávea 1 estiver de volta. Isso deve ocorrer assim que a Capitania dos Portos concluir a perícia do acidente com a embarcação, também no mês que vem.

O acidente, que trouxe muitas críticas à Barcas S/A, aconteceu no último dia 28 de novembro. Ao se aproximar da estação Praça Quinze, o Gávea 1 se chocou contra um píer desativado. Sessenta e cinco pessoas foram hospitalizadas. As causas da colisão ainda não foram divulgadas.

Pouco depois do acidente, a Agência Reguladora de Transporte (Agetranspo) autorizou um aumento no preço da tarifa, de R$ 2,80 para R$ 4,40, para melhorar o sistema, o que gerou nova polêmica. De acordo com a Secretaria de Transporte, o governo vai passar a subsidiar R$ 1,30 do bilhete, levando o valor a R$ 3,10. O subsídio proposto pelo estado deverá representar um gasto de R$ 30 milhões para os cofres públicos. A Assembleia Legislativa decide esta semana se autoriza a majoração.

Hoje, 102 mil passageiros usam as barcas todos os dias. A frota é composta por três catamarãs com 1.300 lugares e três embarcações com 2 mil lugares. Daqui a dois anos, quando estima-se que as oito novas barcas a serem compradas pelo estado passem a operar, a previsão da Secretaria de Transporte é que 150 mil passageiros diários façam a travessia Rio-Niterói.

Histórico de problemas

Enquanto as novas embarcações não chegam para melhorar a travessia entre Rio e Niterói pela Baía de Guanabara, o que se acumula são os problemas enfrentados pelos usuários do serviço oferecido pela Barcas S/A.. Em agosto do ano passado, por exemplo, um catamarã, no sentido Rio-Niterói, chocou-se contra pedras no Gragoatá, deixando 18 pessoas feridas. Naquela ocasião, a concessionária alegou que houve uma manobra de emergência devido a uma pane eletrônica na embarcação.

Em 2009, aconteceu um grande quebra-quebra na Estação da Praça-Quinze, no Rio, por causa de atrasos na chegada e na saída das barcas, em pleno horário do rush, na véspera de um feriadão. Policiais militares foram acionados para tentar conter o tumulto. Como a estação estava lotada, algumas pessoas levaram até 1h30m para embarcar.
Pelo contrato de concessão, a Barcas S/A deveria disponibilizar barcas a cada dez minutos no horário do rush.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Europeus utilizam cruzeiro para se mudarem para o Brasil

09/12/2011 - Panrotas

Com a crise financeira na Europa, muitas pessoas estão a fazer o inverso de um caminho que, tempos atrás, soava naturalmente. Ao invés de brasileiros tentarem a vida no Velho Continente, o número de europeus que vem ao Brasil para trabalhar só tem aumentado.

Para realizar a mudança intercontinental, com roupas, livros e eletroeletrônicos na bagagem, o preço não é nada convidativo. Uma alternativa, porém, surge de maneira inesperada para tal feito: um cruzeiro.

“Como nos navios não há limite de bagagem e o preço é menor do que se realizado de outro modo, algumas pessoas têm optado por fazer mudanças de navio”, explica a gerente de Marketing da Royal Caribbean, Fernanda Dominicis.

O fato fez até com que a companhia alterasse o modelo de contrato firmado com os passageiros, para evitar inconveniências. “As mudanças realizadas em navios não constituem uma prática muito comum. Certa vez, entretanto, teve um passageiro que queria levar uma geladeira na cabine. E não coube. Foi decidido, então, que o limite de bagagem seria a capacidade total deste espaço”, disse. O cliente poderá levar quantas malas ou caixas couberem em sua cabine.

No cruzeiro realizado pelo Splendour of the Seas, Fernanda afirma que há um passageiro vindo de Portugal que trouxe mais de trinta malas e caixas. “Esta pessoa alugou duas cabines: uma para colocar as caixas e outra, para caixas, malas e para ele dormir também”, disse.

Para a gerente de Marketing da Royal Caribbean, a tendência é que a companhia encontre outros dispositivos legais para cercear este tipo de ação.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Governo vai subsidiar parte do valor da tarifa das barcas

08/12/2011 - O Globo

Estado pretende contribuir com até R$ 1,30 para que passagem custe R$ 3,10. Agência fixará valor

WALESKA BORGES
CARLA ROCHA
RAFAELA SANTOS


Uma barca faz a travessia Rio-Niterói, na Baía de Guanabara
DOMINGOS PEIXOTO / O GLOBO

RIO - Privatizaram os lucros e querem estatizar os prejuízos. Apesar de problemas como frota velha e críticas dos usuários, a Barcas S/A tem navegado em águas abrigadas em 13 anos de operação. Este ano, a companhia — que só comprou sete embarcações das 20 que opera — obteve isenção de ICMS, o que representa uma renúncia fiscal de R$ 3 milhões ao ano, cancelou as travessias de madrugada alegando prejuízios e conseguiu o compromisso de que o governo estadual vai pagar R$ 350 milhões por sete novos barcos, o que, por contrato, seria uma obrigação da concessionária. Nesta quarta-feira, a Barcas S/A teve outra boa notícia: para o reajuste da tarifa autorizado a partir de janeiro de 2012 não pesar tanto no bolso do usuário, o estado vai subsidiar parte da passagem, o que pode representar um gasto anual de mais R$ 30 milhões para os cofres públicos.
A decisão foi anunciada nesta quarta-feira pelo secretário da Casa Civil, Régis Fichtner. O estado deve desembolsar cerca de R$ 1,30 para complementar a tarifa. A previsão é que a passagem Rio-Niterói, que hoje custa R$ 2,80, seja reajustada para R$ 4,40, um aumento de 57,14%. Com o aporte de recursos públicos, os passageiros deverão pagar como valor final parte do reajuste: R$ 3,10 (ou 10,71%).
O secretário disse ainda que a ajuda financeira vai ocorrer independentemente da venda da Barcas S/A para o grupo CCR, que administra a Ponte Rio-Niterói.
— O que adianta o estado ter um concessionário que está com prejuízo? Ele precisa estar bem para prestar serviço com qualidade ao passageiro — argumentou Fichtner.
O estado calcula que este subsídio provocará um impacto menor em seu orçamento anual: R$ 24 milhões. Mas, a se considerar apenas as cerca de 90 mil viagens diárias entre Rio e Niterói, o valor pode superar os R$ 30 milhões — isso, sem contabilizar as viagens feitas nos fins de semana. A ajuda financeira sairia de verba da Secretaria estadual de Transportes e, de acordo com Fichtner, seria temporária até que a Barcas S/A recuperasse seu equilíbrio financeiro.
De acordo com a assessoria de imprensa da Barcas S/A, a empresa deverá fechar este ano com R$ 27 milhões no vermelho, o mesmo déficit de 2010. Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina, encomendado pela Agência Reguladora de Transportes (Agetransp), concluiu que há desequilíbrio econômico-financeiro no contrato de concessão. A concessionária queria um reajuste ainda maior, de 67,85%, elevando a tarifa Rio-Niterói para R$ 4,70.
Decisão causa polêmica na Alerj
A proposta do estado será encaminhada na quinta-feira para a Assembleia Legislativa (Alerj). A ideia não foi bem recebida nesta quarta-feira na Casa, onde aconteceu uma audiência pública sobre o acidente com um catamarã, há menos de duas semanas, em que 65 pessoas ficaram feridas. Presidente da CPI que investigou a concessionária entre 2008 e 2009, o deputado Gilberto Palmares (PT) disse que subsídios às vezes são necessários, mas ele acredita que não é o caso no momento.
— A linha Rio-Niterói tem tudo para ser lucrativa. Eu não acredito que eles tenham prejuízo. A planilha de custos da companhia não é transparente e, sendo assim, os dados do balanço não são confiáveis. A Agetransp aceitou o argumento de que a Barcas S/A é deficitária. Mas hoje (quarta-feira), os próprios representantes da empresa disseram, durante a audiência, que o número de passageiros aumentou cerca de 30% nos últimos anos, passando de 75 mil para 105 mil — rebate Palmares. — A Barcas S/A explora estacionamento, tem um restaurante em Charitas e um monte de loja. Tudo isso é receita.
Palmares também chama a atenção para os valores das passagens. Ele considera as tarifas da linha Praça Quinze-Charitas, que custa R$ 12,00, e da Praça Quinze-Ilha do Governador, R$ 3,90, absurdas:
— Embora cara, a linha Charitas ainda é seletiva, há mais conforto e é mais rápida. Mas como uma linha deteriorada como a do trajeto para a Ilha do Governador, em que circulam as embarcações mais velhas, com mais de 50 anos, pode custar mais do que uma passagem de ônibus?
Outro parlamentar que criticou a medida foi Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB). Para ele, não caberia mais qualquer negociação com a concessionária. A saída, na opinião de Luiz Paulo, seria cassar a concessão.
— A concessionária Barcas S/A já deu demonstrações cabais de sua incompetência gerencial. Os acidentes passaram a ser uma constante e o transporte não atende ao nível de satisfação que o usuário deseja. Não há outra alternativa a não ser cancelar o contrato e realizar uma outra licitação. E esta concorrência tem que deixar bem claro quais são as responsabilidades da concessionária e do poder público. Até mesmo se cabe ao estado comprar embarcações — afirma.
Uma das poucas vozes dissonantes era a do deputado Domingos Brazão (PMDB), da base governista. Para ele, o último acidente foi de "baixo impacto", uma vez que não houve sequer um passageiro com o braço quebrado. Para ele, o número de acidentes nem é alto pelo número de embarcações que circulam diariamente. Brazão defendeu o subsídio:
— O valor de R$ 4 é o que o governo do estado paga para custear o bilhete único (intermunicipal).
Em 1998, a Barcas S/A assumiu o controle da antiga Companhia de Navegação do Estado do Rio (Conerj). Na época, a tarifa era uma das mais baratas entre os meios de transporte: custava R$ 0,90. O negócio, que deu o monopólio da exploração do serviço à empresa, foi fechado por R$ 33 milhões. O prazo da concessão de 25 anos termina em 2023. No fim dos anos 90, já havia problemas e acreditava-se que a privatização poderia resolvê-los.
O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, que também esteve na Alerj nesta quarta-feira, defendeu que o subsídio seria temporário. Ele afirmou que as novas embarcações que serão adquiridas vão aumentar a capacidade de transporte de passageiros, contribuindo para resolver o problema de déficit financeiro. Segundo Lopes, o estado vai comprar sete embarcações, para dois mil passageiros, e uma para 500 pessoas. O prazo para a entrega seria de 24 meses após a conclusão do processo de licitação.
— Já estamos negociando um empréstimo de R$ 350 milhões com o Banco do Brasil. Para o próximo semestre, já estudamos a possibilidade de locação de barcas para ampliar o número de travessias — disse Lopes, sem revelar o número de barcas que serão alugadas.
Numa outra frente, o estado negocia duas embarcações da Transtur, que deixou de operar na Baía, como mais um reforço para as operações da Barcas S/A. Uma delas custaria cerca de R$ 8 milhões.
Perigoso balanço a caminho do mar
O último acidente com o catamarã Gávea 1, no dia 28 passado, trouxe à tona os problemas crônicos do sistema de transporte marítimo. Sessenta e cinco pessoas ficaram feridas. Sem conseguir reduzir a velocidade com que vinha de Niterói, a embarcação chocou-se com um píer da Praça Quinze. Houve pânico a bordo com passageiros caindo uns sobre os outros. Segundo testemunhas, a comandante, ainda em Niterói, teria comentado com a tripulação que a embarcação estava com problemas e seria necessário "fazer uma manobra arriscada". A Agetransp e a Capitania dos Portos ainda investigam o acidente.
Em agosto de 2010, um catamarã que seguia do Rio para Niterói se chocou contra pedras do Aterro do Gragoatá, ferindo 18 pessoas. Segundo a Barcas S/A, o acidente ocorreu durante uma manobra de emergência devido a uma pane eletrônica.
Em 2009, houve um quebra-quebra na Estação da Praça-Quinze por causa de atrasos nas barcas, em pleno horário do rush, na véspera de um feriadão. Irritados, os passageiros chegaram a arremessar cadeiras para o alto e quebraram uma vidraça que separava uma lanchonete da área de embarque. A PM precisou ser acionada. Com a estação lotada, algumas pessoas levaram até 1h30m para embarcar. Pelo contrato de concessão, a Barcas S/A deveria disponibilizar barcas a cada dez minutos no horário do rush.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Governo fará licitação em janeiro para compra de oito barcas

07/12/2011 - Agência Rio

Da Redação

O Secretário de Estado de Transporte, Júlio Lopes, afirmou que para o mês de janeiro do ano que vem será aberta uma licitação para a compra de oito barcas. O objetivo é melhorar a capacidade de transporte de passageiros na linha Rio-Niterói. O anúncio foi feito, nesta quarta-feira (7) na audiência pública da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo deputado Marcelo Simão (PSB). O encontro tem o objetivo de discutir os motivos do acidente, que deixou 65 feridos.

Lopes julgou o acidente que envolveu o Catamarã Social das Barcas S.A., no último dia 28 de novembro, como inaceitável. Segundo ele, todo acidente desse tipo é intolerável e reconheceu que é preciso investir na infraestrutura do setor. “O governo Sérgio Cabral assumiu esse compromisso com a população, de trazer melhorias e qualidades no transporte do cidadão fluminense. Todo acidente desse tipo é inaceitável e queremos que esse tipo de acidente não volte a ocorrer. Hoje, é notória de que o setor necessita de uma infraestrutura melhor”, afirmou o secretário.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Travessia da Baía pode ser monopolizada

02/12/2011 - O Globo

Estado confirma negociação para mudança do controle da Barcas S/A; grupo interessado já controla a Ponte

LUDMILLA DE LIMA



Barca faz a travessia da Baía: estado deve alugar até 4 embarcações
DOMINGOS PEIXOTO / O GLOBO

RIO - O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, confirmou na sexta-feira que há uma discussão em curso para a mudança do controle da empresa Barcas S/A, hoje dirigida pelo Grupo JCA, que, é liderado pela Auto Viação 1001. Um dos interessados no negócio é o Grupo CCR, que já administra a Ponte Rio-Niterói, a Via Dutra e a Via Lagos.
— Há uma negociação em curso para a substituição do controle da Barcas S/A por parte da CCR e de outras empresas. O estado vê com bons olhos a perspectiva de um novo controlador, com mais capacidade de investimento e respostas — confirmou Lopes.
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Professor de análise de sistemas de transportes do Departamento de Engenharia Industrial da PUC do Rio, José Eugenio Leal lembra que a Ponte Rio-Niterói é hoje concorrente da Barcas S/A. Caso a CCR venha a controlar o sistema aquaviário, dominará todo o transporte na Baía de Guanabara.
— A questão é até que ponto eles (CCR) vão se interessar por garantir um ótimo serviço para as barcas. Ponte e barcas são concorrentes. Não sei como o estado pretende administrar isso — analisa o especialista.
Em relação à negociação, a CCR disse que adota a prática de informar ao mercado, por seus canais oficiais, apenas quando concretiza sua entrada num novo negócio. A Barcas S/A não se pronunciou sobre o assunto.
As barcas que serão alugadas pelo governo do estado para a travessia entre Rio e Niterói começam a operar no ano que vem. A promessa é do secretário Júlio Lopes, que ontem voltou a falar sobre o acidente com o catamarã social Gávea 1, que deixou 65 feridos na segunda-feira, ao bater contra o píer da Praça Quinze. O número de embarcações deverá chegar a três ou quatro, segundo o secretário.
As barcas alugadas funcionarão até que novas sejam compradas pelo governo do estado, com um financiamento de R$ 350 milhões do Banco do Brasil. A princípio, serão adquiridos sete catamarãs, com capacidade para dois mil passageiros cada, e duas embarcações para 500 usuários.
— O próprio banco falou da possibilidade de nós alugarmos essas embarcações para suprir o prazo de carência de construção das novas barcas — afirmou o secretário, sem deixar claro de onde viriam os recursos para o aluguel.
Empresas especializadas, segundo o secretário, já buscam no mercado internacional embarcações adequadas à travessia na Baía de Guanabara.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Barca bate na Praça Quinze e deixa ao menos 50 feridos

28/11/2011 - O Globo

Força da colisão chegou a arrancar bancos da embarcação. Idosos caíram no chão

RENATA LEITE
FERNANDA BALDIOTI

RIO - Um catamarã social que realizava a travessia Niterói-Rio de Janeiro bateu ao chegar à Praça Quinze, no Centro do Rio, às 12h20m desta segunda-feira. A força da colisão chegou a arrancar bancos da embarcação, que ficou a cerca de 50 metros do cais. Idosos caíram no chão, e pessoas choravam assustadas. Alguns passageiros pegaram coletes salva-vidas, mas reclamaram da falta de informações. Os passageiros chegaram à estação quase uma hora depois do acidente. Pelo menos 10 pessoas deixaram a barca de maca e foram levadas para mais de cinco ambulâncias estacionadas ao redor da estação. Ao todo, há cerca de 50 feridos. De acordo com a Barcas S/A, empresa que administra o transporte, o catamarã Gávea 1, estava com cerca de 900 pessoas a bordo. A capacidade total é de 1.300 passageiros, sendo 900 sentados.
Segundo a dentista Daniele Lima, de 38 anos, não havia socorristas entre a tripulação da embarcação. Foi ela quem ajudou a socorrer alguns passageiros que se feriram.

- É impressionante, não tinha material de socorro algum na barca. Sequer luva tinha - disse ela, que prestou os primeiros socorros a uma mulher e ao passageiro Sebastião Franciscos, de 57 anos, que fraturou o ombro e teve um princípio de infarto após a colisão.
Outro homem, o engenheiro Robson Abraão Santos, de 57 anos, feriu-se na pálpebra esquerda. Ele estava sentado quando bateu com a cabeça numa das colunas da barca. O aposentado Ari Neves, de 76 anos, também se feriu na cabeça.

- Jamais esperaria que a barca pudesse perder o controle e bater - dizia ele, enquanto estancava o sangue de um ferimento no supercílio esquerdo.

Antes da batida, passageiros contaram que ouviram a locutora do sistema de rádio da embarcação falando a expressão "arreia o ferro". As pessoas não entenderam o que houve e ficaram assustadas, quando viram que a barca bateria. A passageira Debora Santos classifica a falta de aviso sobre o acidente como o pior erro do acidente:

- A locutora, em vez de pedir para que nós sentássemos pois haveria uma colisão, gritava “levanta o ferro, levanta o ferro, vai bater, vai bater”. As pessoas que já estavam na frente da embarcação esperando o desembarque saíram correndo para a parte de trás. Quando o catamarã bateu, essas pessoas caíram - conta Debora, que relata ainda que os monitores que exibem propagandas também foram ao chão com o impacto.

De acordo com Debora, houve duas colisões: logo após a primeira, os condutores não conseguiram desligar o motor, fizeram uma curva, e o catamarã social bateu de novo.

- Quando nos mandaram colocar o colete salva-vidas já tinha se passado 20 minutos depois da batida. Não tinha ninguém preparado para acudir quem estava passando mal. Depois, no desembarque, não recebemos nenhuma orientação, nem um pedido de desculpas - relata ela, que mora em São Gonçalo e diz que vai demorar um pouco até ter coragem de andar de barca novamente.

A Agetransp informou que abriu processo para investigar o motivo do incidente e deslocou equipes de fiscalização para o local. Ainda segundo a Agetransp, a embarcação colidiu com o atracadouro da empresa Transtur. Às 12h45m, foi feito o transbordo de passageiros para a embarcação Neves para que pudesse ocorrer o desembarque dos usuários. A Agetransp informou também que a Gávea l está fora de circulação.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Começa a modernização do Porto de Santos

04/11/11 - DCI, Alex Ricciardi

São Paulo - A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, leva adiante o plano de R$ 1,5 bilhão cujo objetivo final é modernizar até 2014 o maior porto da América Latina, com a perspectiva de que, depois da conclusão do plano, não haverá mais gargalos no Porto de Santos. Em entrevista ao DCI José Roberto Correia Serra, presidente da Codesp, explica que o órgão trabalha com um horizonte de demanda para Santos de até 230 milhões de toneladas em 2024 a qual faz parte de um estudo estratégico que orienta as obras no complexo. Mas as mudanças já começaram.

"A Codesp já instalou no Porto de Santos centenas de câmeras de segurança, quilômetros de redes de fibra ótica, portões de acesso com leitura biométrica de mão e de face combinada com cartões de identificação e, por fim, a chamada motivação para controlar a entrada no porto. Trata-se de uma autorização eletrônica concedida pelas autoridades competentes para tanto." Estas últimas medidas são necessárias diante das exigências de segurança cada vez mais rigídas que os EUA, em especial, fazem a portos de origem dos produtos que importam.



Agora, a Codesp analisa duas licitações para alavancar ainda mais a área. Uma está relacionada à elaboração do projeto executivo das obras da passagem subterrânea da região do Valongo, o chamado Mergulhão. A outra é a da execução de obras que visam ao incremento do sistema viário na região do Saboó. As ações contam com recursos da Secretaria de Portos (SEP) por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2) e terão as propostas abertas ainda este ano.



São medidas necessárias para combater um dos principais problemas de Santos - e da maioria dos grandes portos do País: as filas de caminhões, por terra, e de navios, pelo mar, para embarque e desembarque de mercadorias. Há apenas dois meses, por exemplo, 450 caminhões aguardavam para descarregar açúcar no Porto de Santos. No Porto de Paranaguá, no Paraná, na mesma época, a fila de caminhões atingiu 150 veículos. Ficar parado em uma rodovia, esperando para escoar o carregamento, gera um encarecimento de cerca de 15% do frete de um caminhão.



"O Porto de Santos está sendo totalmente modernizado. Estamos também ampliando suas vias de acesso para escoamento do tráfego rodoferroviário de cargas e aprofundando seu canal de navegação para 15 metros, dentre outras intervenções", enfatizou Serra. Ele defende que no momento o porto consegue dar conta do recado, mas admite dificuldades: "Há setores já operando em Santos próximos ao limite, como é o caso dos contêineres. Temos uma capacidade total de cerca de 3 milhões de TEUs [medida de capacidade de contêineres]. Até setembro já operamos quase 2,2 milhões de TEUs". Mas ele lembra que a partir de 2012 esta capacidade cresce com a entrada em operação de novos terminais.



Recorde

A movimentação de cargas por Santos teve em setembro a melhor performance já vista em um mês de setembro: 8,9 milhões de toneladas; o complexo acumulou até então 73,2 milhões de toneladas movimentadas em 2011. Isto é também um novo recorde para o período, ultrapassando em 2% o melhor resultado verificado até setembro do ano passado.



Nas operações com contêineres, o porto atingiu uma expansão de 11,3%. O fluxo de navios por Santos aumentou 3,2%, com 4.384 embarcações já atracadas por ali até setembro. Por fim, os números da balança comercial apresentaram desempenho favorável no porto - crescimento de 25,39% no valor das cargas operadas no complexo, pela última medição. Até setembro, o total de US$ 87,4 bilhões em transações passaram por ali. "Um projeto da empresa São Paulo Empreendimentos Portuários para a implantação de um terminal portuário de atendimento offshore já teve audiência pública. Há também interesse da Petrobras na instalação de base de apoio à atividade de exploração do pré-sal na margem esquerda do Porto de Santos", comemora Serra.



Porto Sem Papel

Os portos brasileiros padecem desde sempre de dois males: infraestrutura de menos e burocracia demais. O primeiro vem sendo enfrentado por autoridades portuárias, como a Codesp, com investimentos maciços como os descritos. O segundo está na mira do Porto Sem Papel, iniciativa do governo lançada em agosto que promete agilizar muito o embarque e desembarque de mercadorias nos terminais do País.



No âmbito do projeto, todos os documentos que são usados nestes complexos passarão a fazer parte de um único sistema informatizado. Santos é, justamente, um dos primeiros terminais onde o Porto Sem Papel está sendo implantado, ao lado do Rio de Janeiro e de Vitória. Através de um aporte de R$ 114 milhões, a Secretaria dos Portos quer conectar eletronicamente até abril de 2013 os 35 portos que administra, eliminando, ou ao menos reduzindo drasticamente, a demora na liberação de cargas nos mesmos.

6.246Portos

domingo, 6 de novembro de 2011

Codesp lança licitação de mergulhão do porto

03/11/2011

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) publicou na segunda-feira (31/10) o aviso da licitação para a elaboração do projeto executivo das obras da passagem subterrânea da região do Valongo, o chamado mergulhão, que irá segregar o tráfego rodoviário do ferroviário. A obra faz parte do PAC 2 e está orçada em R$ 350 milhões.

A passagem subterrânea é parte integrante da Avenida Perimetral da Margem Direita. O mergulhão começa na região do prédio da Alfândega, na avenida Perimetral Portuária, estendendo-se por aproximadamente 1,5 km, até a altura da rua Cristiano Otoni, interligando-se novamente ao viário existente.

Para o desenvolvimento do projeto estão previstas, em ordem prioritária de implantação, a própria passagem, que contará com três faixas de tráfego em cada sentido, com as respectivas alças de acesso, conexões e centro de controle operacional; o remanejamento do ramal ferroviário existente, com novo alinhamento, em via dupla, transpondo a Avenida Perimetral sobre o trecho rebaixado da passagem subterrânea em desnível e a reurbanização da área de influência das obras.

Segundo o diretor de Planejamento e Controle da Codesp, Renato Barco, a ferrovia ficará em nível e os caminhões e carros circularão pela passagem subterrânea. O projeto deve ficar pronto em 13 meses e a obra deve começar no primeiro semestre de 2014.

Os interessados na licitação podem consultar o edital, em horário comercial, na Gerência de Contratações e Licitações (GFL), na sede da Codesp.  O edital também será vendido. A abertura das propostas está marcada para o dia 21 de dezembro, às 10h, na sala de reuniões do prédio da GFL.

A Codesp fica na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, s/n.º (entrada pelo Portão/Gate n.º 23), no bairro do Macuco, em Santos (SP).  Outras informações pelo telefone (13) 3202-6565.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Açu será o terceiro maior porto do mundo, diz empresário

01/11/2011 - Agência Rio

O presidente da LLX, empresa do grupo EBX voltada para a infraestrutura e logística portuárias, Otávio Lazcano, disse nesta terça-feira (1), que o Porto do Açu irá movimentar 350 milhões de toneladas de cargas por ano, volume que o colocará como o terceiro maior porto do mundo e o maior da América Latina. O empreendimento está sendo construído no município de São João da Barra, Norte fluminense, e deverá começar a funcionar em meados de 2013.

Segundo Lazcano, o porto será o principal meio de desafogamento das importações e exportações no País. “Os portos brasileiros hoje estão travados, sufocados pelas cidades. No Açu, vamos atrair toda a produção do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil”, declarou o executivo durante Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O empreendimento espera movimentar três vezes e meia o volume de cargas do Porto de Santos, o maior do País, que movimenta cerca de 100 milhões de toneladas por ano.

A deputada Clarissa, presidente da comissão, falou sobre a preocupação com a população local e a questão ambiental. “Foi muito importante conhecer melhor o projeto. O empreendimento vai gerar muitas possibilidades para a região e poderá representar a redenção do Norte fluminense”, afirmou a parlamentar. “Também queremos ter o cuidado com o meio ambiente e garantir o bem-estar da população que vive na região”, completou.

Além de ter ligação com a malha ferroviária, o novo porto está localizado em uma região estratégica para o futuro do País, como informou Lazcano. “Em um raio de 150 quilômetros do empreendimento, estão localizados 85% da produção de petróleo do Brasil. Com o estaleiro que a OGX está construindo e a fábrica de tubos flexíveis, entre outras atividades que vão se instalar lá, teremos uma grande infraestrutura para a exploração do pré-sal e, capacidade para a exportação de 1,2 milhões de barris de petróleo por dia”, destacou.

“Hoje, as plataformas e navios que atuam na Bacia de Campos precisam ser trazidos até a Baía da Guanabara para serem reparados. Com o Porto do Açu, isso será feito de maneira muito mais eficiente e econômica”, informou. “Já estão sendo instalados no complexo industrial uma siderúrgica, uma usina termoelétrica, o maior estaleiro do Brasil e uma indústria de tubos flexíveis, e estamos negociando com outras 50 empresas que têm interesse de se instalar por lá”, acrescentou o presidente da LLX. De acordo com o Otávio Lazcano, a previsão é que o porto comece suas operações em 2013, quando serão embarcadas as primeiras cargas de minério de ferro.

A Comissão Especial da Alerj volta a se reunir no dia 11 de novembro, quando o diretor de sustentabilidade da EBX, Paulo Monteiro, que esteve presente na reunião desta terça, irá falar sobre os projetos socioambientais na região. Além disso, o colegiado pretende realizar uma visita técnica ao empreendimento no dia 18 de novembro. Também estiveram na reunião os deputados Luiz Paulo (PSDB), Jânio Mendes (PDT), André Lazaroni (PMDB) e Janira Rocha (PSol).

PB

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Governo vai construir terminais de passageiros em quatro portos

03/10/2011 - Valor Econômico

No maior porto do país, o de Santos, a capacidade de receber turistas mais do que duplicará com os investimentos.

Por Daniel Rittne
 
Com investimento previsto de R$ 809 milhões, o governo promete construir terminais de passageiros em quatro portos marítimos e fazer importantes reformas em outros dois, até o fim de 2013. Todas as obras deverão começar em cinco meses, no máximo, segundo estabelece o cronograma oficial. A intenção, além de criar 45 mil leitos temporários durante a Copa do Mundo de futebol de 2014 e reforçar o sistema hoteleiro, é ajudar no processo de reurbanização das áreas portuárias das cidades.

"Todo mundo escondia o porto. Nosso objetivo é ter uma convivência harmônica com as comunidades locais", diz o ministro-chefe da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino.

Seis cidades passarão por obras. Salvador, Recife, Fortaleza e Natal ganharão terminais - hoje, não existe uma única estrutura adequada para receber passageiros em toda a região Nordeste. Em Santos, o cais será realinhado. No Rio, um píer em formato de Y será construído e terá seis berços exclusivos para a atracação de navios de passageiros. Atualmente, existem apenas duas posições para atracação, mas elas são compartilhadas por cruzeiros e grandes embarcações de cargas.

"Era um projeto para a Olimpíada, mas resolvemos antecipá-lo para a Copa do Mundo", explica Leônidas Cristino, referindo-se às obras no Rio. Nas cidades onde não houver berços exclusivos, o compartilhamento de posições poderá ocorrer, principalmente na baixa temporada, mas "os navios de passageiros terão prioridade" para a atracação.

À exceção do porto de Mucuripe, em Fortaleza, cujo projeto inclui uma linha de VLT (veículo leve sobre trilhos) com estação próxima ao terminal de passageiros, todas as obras já obtiveram licença ambiental prévia e estão com licitações em curso. Além das seis cidades, o governo prevê construir ainda um terminal fluvial em Manaus, sob a responsabilidade do Ministério dos Transportes e com investimentos previstos de R$ 89 milhões.

No maior porto do país, o de Santos, a capacidade de receber turistas mais do que duplicará com os investimentos. Na última temporada, o porto registrou o embarque e desembarque de 1,1 milhão de passageiros, com crescimento de 30% na comparação com o período anterior. Com as obras concluídas, até o fim de junho de 2013, Santos poderá receber 2,5 milhões de pessoas por temporada.

Apesar do otimismo do governo em ter as obras prontas em menos de dois anos, algumas complicações podem frustrar as expectativas, se não forem contornadas. Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) paralisou a licitação para as obras do píer carioca, alegando indícios de irregularidades. A concorrência estava prevista para este mês. Para o TCU, há suspeita de sobrepreço de R$ 45 milhões. O tribunal pediu correções no edital para liberá-lo.

Para a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), os portos têm hoje uma estrutura "caótica" e "à base de improvisos" para receber os passageiros. Nos portos do Nordeste, segundo Márcia Leite, coordenadora de infraestrutura da entidade, os turistas desembarcam literalmente entre contêineres. "Por isso, recebemos com grande alegria as informações sobre esses projetos", afirmou.

Márcia diz que lamenta o fato de que, com exceção de Salvador, nenhum dos projetos foi discutido com o setor. Mesmo assim, ela ressalta que não há evidências de que as reformas nos portos vão passar pelos atrasos que estão sendo verificados nos aeroportos. "Será um grande legado da Copa", afirma.

As limitações de infraestrutura fizeram as operadoras de cruzeiros marítimos diminuir, pela primeira vez em vários anos, o número de navios na costa brasileira durante a próxima temporada. Serão 17 navios, segundo a Abremar, três a menos do que na alta temporada de 2010/2011.

Apesar dos elogios aos planos do governo, a associação tem duas preocupações envolvendo esses projetos. A primeira é sobre o que ocorrerá durante o período de obras, especialmente com os acessos às zonas portuárias. Márcia lembra que cada grande cruzeiro que atraca em Salvador, por exemplo, gera uma demanda de 20 ônibus lotados de turistas para conhecer a cidade. O temor é de que haja dificuldades com estacionamento, acesso viário e conforto até o torneio esportivo.

Para depois da Copa do Mundo de 2014, a grande preocupação é com o nível de tarifas que serão cobradas para movimentos de manobras (praticagem), atracação e permanência. As duas últimas taxas são livres e teme-se uma espécie de "tarifaço". "Já existem terminais contando com a recuperação dos investimentos, o que é justo, mas isso não pode ocorrer no curto prazo", avalia Márcia.

Se isso acontecer, segundo a executiva da Abremar, os gargalos de infraestrutura podem ser resolvidos, mas o crescimento do setor ficará limitado pelo alto custo de operar no Brasil. "Dependendo do que ocorrer, poderemos ter mais terminais, mas menos navios de passageiros."

Um estudo feito recentemente pela associação demonstrou que as taxas de embarque e desembarque de passageiros em Santos são 398% maiores do que as cobradas no porto de Civitavecchia (Itália), 266% superiores às de Túnis (Tunísia) e 190% acima das de Barcelona (Espanha). No caso da praticagem, serviço obrigatório na maioria dos portos, que prevê auxílio de profissionais aos comandantes para manobras dos navios, a tarifa por manobra chega a R$ 18.952, a R$ 16.754 na Ilhabela (SP) e a R$ 10.014 no Rio de Janeiro. O valor de Santos é 2.979% mais alto do que o registrado em Port Said (Egito), 1.117% mais alto do que em Santorini (Grécia) e 670% mais alto do que em Montevidéu (Uruguai).

Os portos brasileiros ainda cobram taxas maiores para outros serviços, como bagagem e reabastecimento de água. "Os custos são muito elevados e não favorecem o aumento dos cruzeiros", diz Márcia.


Fonte: Valor Econômico
 
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Rio Tietê ganhará estaleiro em Araçatuba
Notícias

QUI, 15 DE SETEMBRO DE 2011 09:55 0 COMENTÁRIOS

Medida visa fomentar setor naval em hidrovias

Serção investidos 40 milhões para construir estaleiro.

Nesta semana, a Transpetro, por meio do Promefe Hidrovias (Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro), lançou a pedra fundamental de um Estaleiro no Rio Tietê, na cidade de Araçatuba, no interior paulista. A estrutura será responsável pela construção de embarcações que irão transportar etanol pela bacia do Estado.

Com um investimento de R$ 432,3 milhões, o estaleiro já tem encomendado 80 barcaças e 20 empurradores pela transportadora de petróleo. Do montante, que será investido, aproximadamente R$ 371,3 milhões serão repassados pelo FMM (Fundo de Marinha Mercante), esta operação financeira contará com a Caixa Econômica Federal como agente repassador da entidade.

A presidente Dilma Rousseff, que participou do evento, comentou sobre da importância da iniciativa. "Estamos interiorizando a indústria naval, que só vivia nas regiões banhadas pelo mar. O que fazemos aqui é revolucionário: estamos localizando a indústria naval na beira do rio" afirmou.
Indo ao encontro do que disse a mandatária brasileira, o Promef já realizou a implantação dos estaleiros Atlântico Sul (EAS) e Promar, em Pernambuco, e Superpesa, no Rio de Janeiro. A Transpetro possui, atualmente, contrato com 41 navios para transporte de petróleo e derivados, estes acordos giram na casa de R$ 9,6 bilhões. Há ainda mais oito embarcações, para serem contratadas, com processo licitatório acontecendo.

Os navios encomendados, junto ao Estaleiro paulista, formarão 20 comboios e poderão transportar 7,6 milhões de litros cada um. As vantagens da utilização deste modal para o escoamento da produção é tanto financeira quanto ecológica. O transporte por hidrovias consome apenas 25% do combustível que o rodoviário, além de emitir 20 vezes menos gás carbônico, que o sobre rodas, para uma mesma distância e carregando a mesma quantidade de carga.

"O Promef Hidrovia terá uma frota de empurradores e barcaças de última geração. Os comboios vão contribuir para levar combustível mais barato para as novas fronteiras econômicas do Brasil e trazer o etanol de forma mais competitiva e menos poluente", afirmou, Sergio Machado, presidente da Transpetro. As encomendas serão entregues no próximo ano, sendo que devem começar a operar em 2013, a perspectiva é que quando estiverem em plena operação, em 2015, as embarcações substituirão o equivalente a 80 mil viagens de caminhões por ano.

Para viabilizar o estaleiro, que é controlado pela empresa Rio Maguari S.A. e Estre Petróleo, serão investidos R$ 40 milhões, o empreendimento deve gerar 500 empregos diretos e dois mil indiretos em Araçatuba. As encomendas da Transpetro devem abrir 400 postos de trabalhos.
 

sábado, 10 de setembro de 2011

Santos alinhará cais para Copa

06/09/2011 - Webtranspo

Porto paulista quer crescer em fluxo de pessoas

Obra vai ampliar capacidade em 2,5 milhões de passageiros

Com o objetivo de figurar entre os cinco maiores em movimentação de pessoas, o Porto de Santos abriu licitação para a construção e adequação para alinhamento do cais de Outeirinhos. De acordo com a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), para a Copa de 2014, com a execução de 1.320 metros de cais, entre os armazéns 23 e 29, a intenção é oferecer capacidade para atracação de até seis navios turísticos, disponibilizando 15,4 mil leitos de alta qualidade no terminal de passageiros.

“Trata-se de uma obra marcante, um grande empreendimento que se soma aos demais e contribui decisivamente para o desenvolvimento do Porto, principalmente no setor de atendimento a passageiros, devendo, em médio prazo, colocar Santos pelo menos entre os cinco maiores portos em movimentação de passageiros no mundo”, destacou José Roberto Serra, presidente da Codesp.

Registrando um fluxo de 90% de passageiros em embarque e desembarque do segmento de cruzeiros, o porto santista gera uma forte demanda de infraestrutura pelo significativo trânsito de bagagens e pessoas.

A situação torna-se ainda mais complexa quando navios atracam em cais a até 1,5 quilômetro do terminal onde ocorrem os registros de embarque ou desembarque e todo o processo de transferência da bagagem, causando impacto na operação rodo ferroviária e desconforto para os passageiros.

Com o alinhamento do cais, as profundidades passam do mínimo de 4,5 metros  no trecho da Marinha do Brasil  e de 7,5 metros no cais do terminal de passageiros para 15 metros, permitindo a atracação dos maiores navios que chegam a Santos. O ganho estende-se para o atendimento na operação de cargas, com destaque para carga geral e carga de projeto, além de melhores instalações para acomodar navios da Marinha do Brasil.

Na última temporada, Santos registrou total de 1,1 milhão de passageiros em 284 escalas, atingindo taxa média de crescimento de 30% por temporada , gerando receita total de aproximadamente R$ 230 milhões. Com a obra concluída, possibilita-se o crescimento da oferta para até 2,5 milhões de passageiros por temporada.

Os serviços estão divididos em duas fases com um total de sete trechos sendo iniciados pelo cais da Marinha que, ainda durante a execução dos demais trechos, irá requerer adaptação dos berços para operações provisórias. Prevista para ser concluída num prazo de 26 meses, a obra custará R$ 325 milhões e deverá gerar aproximadamente 600 n

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Governo prepara edital para construir quatro novos portos

22/07/2011 - Valor Econômico, Por Fernanda Pires

Infraestrutura: Ministro da SEP nega a existência de estudos para privatização do sistema portuário

O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), Leônidas Cristino, disse que o governo está “avançando” na abertura de licitações para a construção de quatro novos portos e terminais: porto de Manaus, Porto Sul, na Bahia, porto de Águas Profundas, no Espírito Santo, e terminal de múltiplo uso de Vila do Conde, no Pará.

Todos eles estão em fase de estudos para lançamento dos editais, o que deve ocorrer até o fim do ano.Os mais adiantados são o de Manaus, que tem projeto básico e está em fase de conclusão do estudo de viabilidade técnica e econômica, e o de Vila do Conde.

Na quarta-feira, foi realizada audiência pública na Companhia Docas do Pará sobre a licitação das áreas de arrendamento. Os dois portos representam investimento de R$ 2 bilhões.
Em entrevista ao Valor, Cristino negou que o governo estuda a privatização do sistema portuário e reafirmou a manutenção do atual modelo.

O arcabouço legal do setor prevê a concessão de porto público à iniciativa privada, por meio de licitação, por até 50 anos e autorização de terminal privativo, sem limite no tempo, desde que o empreendedor tenha carga própria. Segundo Cristino, o governo não prepara alteração no marco regulatório.

Parte da iniciativa privada reivindica a flexibilização da legislação portuária, com a eliminação de licitações para construção de portos, para acelerar os investimentos em infraestrutura.

Atualmente, só é possível abrir mão da licitação quando o empreendedor tem carga própria em quantidade superior à de terceiros e usa o porto como forma de verticalizar seu negócio principal, como, por exemplo, Petrobras e Vale.

Se a finalidade do negócio é prestar serviço de movimentação a terceiros, a regra é a licitação. O Brasil conta com 129 portos privativos e 34 portos públicos marítimos.

Foto: Daniel Wainstein / Valor

“O que está na lei é o que vamos continuar a fazer no futuro próximo. Por enquanto não existe intenção de mudança”, afirmou Cristino.

“O sistema portuário nacional é de porto público com operação privada. Agora, se alguém precisa de porto, o governo federal tem a estrutura legal para fazer a autorização para construção de um terminal de uso privativo, desde que haja carga própria em quantidade superior à de terceiros e que essas sejam da mesma natureza. Isso é óbvio”, disse o ministro.
De acordo com levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), alguns Estados das regiões Norte e Nordeste deixaram de produzir 3 milhões de toneladas de soja e milho na safra passada por falta de portos marítimos próximos com capacidade de escoamento.

A CNA é uma das associações que lutam na Justiça contra o decreto 6.620, de 2008, que estabeleceu a necessidade de carga própria em quantidade superior à de terceiros para dispensa de licitação. Uma das reclamações é que a norma teria impedido os investimentos no setor. Cristino discorda.

Para ele, os investimentos privados ocorrem à medida que o poder público acena com os aportes, que rareavam até a criação da SEP, em 2007.

Até 2014, a SEP vai investir R$ 5,276 bilhões em 66 obras por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“As estimativas dão contam de que a iniciativa privada vai investir em torno de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões no período”, afirmou o ministro.

Da carteira referente ao PAC 1, até 2010, a SEP diz ter concluído 45% das obras civis e quase 70% do Programa Nacional de Dragagem, que está aprofundando os principais portos nacionais, o maior gargalo do setor, para permitir o tráfego de grandes embarcações.

Cerca de R$ 500 milhões do montante previsto até 2014 serão destinados a um programa de inteligência logística que, segundo Cristino, deve aumentar em até 25% a eficiência da operação.

Foto:Leandro Domingues

São basicamente três ações: a instalação do VTMS (Vessel Traffic Management Information System, na sigla em inglês), ferramenta que fará o monitoramento virtual do tráfego de embarcações; o Porto Sem Papel, plataforma on-line para integrar os trâmites burocráticos de todos os quase 20 atores envolvidos numa operação de comércio exterior; e o Carga Inteligente, que fará a comunicação entre a indústria ou fazenda e o porto, de forma que a mercadoria só seja enviada se houver disponibilidade de navio. O objetivo é evitar congestionamentos e otimizar o fluxo logístico.

Na terça-feira, durante visita ao porto de Santos para acompanhar a implementação do Porto Sem Papel, Cristino afirmou que o programa estará implantado até 1º de agosto - o prazo original era abril de 2010.

Também anunciou que lançará no início de agosto a licitação para o VTMS de Santos, o primeiro porto que terá o sistema para auxiliar o controle da navegação principalmente em dias de mau tempo.

Será composto por torres de monitoramento instaladas ao longo do estuário e uma central de processamento e supervisão dos dados por elas transmitidos.

A primeira licitação do VTMS foi cancelada, porque os equipamentos não puderam ser incluídos no Reporto, o programa do governo federal de isenção de impostos para aquisição de máquinas destinadas à modernização portuária. “Já conversei com o ministro Fernando Pimentel [do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior], para que possamos usar o Reporto para o Carga Inteligente e VTMS.”

Durante a visita a Santos, o ministro informou que já recebeu da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o desenho dos novos limites físicos do cais do porto.
O novo traçado quase duplica a região portuária sob jurisdição da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que atingirá cerca de 15 milhões de metros quadrados.
O pedido de ampliação foi protocolado há mais de um ano pela Codesp, que depende disso para poder tocar o projeto de expansão do porto, chamado Barnabé Bagres.

Segundo Cristino, se não houver nenhum problema com o novo desenho, a intenção da Secretaria dos Portos é enviar a minuta do decreto para a Presidência da República ainda nesta semana.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Brasil e Equador inauguram trecho de via fluvial, entre objeções de indígenas

15/07/2011 - Agencia EFE

Brasil e Equador inauguram hoje, sexta-feira, um trecho fluvial da rota que unirá a cidade de Manaus ao porto de Manta, um projeto que pretende dar uma saída ao Pacífico à produção brasileira e transformar o país andino em uma porta para a Ásia, em meio às objeções dos grupos indígenas locais.

Nesta sexta-feira, partirá o primeiro navio-frete procedente do porto de Itaya, na Amazônia equatoriana, rumo ao porto fronteiriço de Tabatinga, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Equador, informou à Agência Efe o vice-ministro de Gestão de Transporte equatoriano, David Mejía.

A embarcação levará cimento, aço e peças têxteis. Segundo Mejía, será “um símbolo” e uma prova de que o Equador está preparado para “ativar o comércio internacional” e de que o rio Napo, que cruza grande parte da Amazônia equatoriana e peruana, “é navegável”.

Apesar deste primeiro passo, Mejía indicou que as obra de infraestrutura e a normativa para condicionar toda a via fluvial da rota Manta-Manaus só ficarão prontas em meados de 2012.
Por outro lado, continuam os trabalhos para acondicionar as vias terrestres para unir o Napo ao porto de Manta, através do qual as exportações e importações brasileiras poderiam ter acesso à Ásia evitando passar pelo Canal do Panamá.

Juan Auz, assessor da Fundação Pachamama, explicou que, próximo ao rio Napo, vivem tribos
indígenas kichwa e disse temer que a construção da hidrovia possa ter um “impacto cultural muito grande”, assim como afetar a mobilidade das comunidades, pois elas se deslocam principalmente pelo rio.

Além disso, ele destacou que o projeto pode afetar a “segurança alimentar” dos moradores locais, pois o barulho e a poluição dos navios, bem como a pesca feita por pessoas estrangeiras e pelos marinheiros, podem criar “uma forte pressão dos recursos naturais”, essenciais para a sobrevivência dos indígenas.

Mejía pensa diferente. Ele ressaltou que uma das prioridades do Governo de Quito é potencializar o desenvolvimento social da região, com a melhora da mobilidade dos habitantes e de seu modo de vida.

Segundo ele, o Executivo quer estimular os “empreendimentos locais” com o aumento de “projetos de ecoturismo ou que se possam conectar com o desenvolvimento da hidrovia”.
Apesar da inauguração deste trecho da via fluvial, Mejía enfatizou que ainda restam algumas obras de infraestrutura, como melhorias no porto fluvial da Providência, na província de Sucumbíos, que será o principal ponto de saída e entrada para o Equador.
Mejía indicou que foram realizados estudos sobre o desenho e impacto ambiental desse porto, para minimizá-lo.

Em outro plano, ele ressaltou que, até o final do ano, haverá uma normativa que irá representar “o grande marco de ação” e que contemplará aspectos como o regulamente na sinalização da hidrovia, o dragado, o leito, a manutenção do rio e sua limpeza.
Ao mesmo tempo, o Equador também está melhorando as obras de infraestrutura do porto de Manta, no qual serão investidos US$ 373 milhões nos próximos anos, assim como seu aeroporto, para agilizar os vínculos com a Ásia.

O objetivo é que o Eixo Multimodal Manta-Manaus se transforme em uma alternativa a outras vias marítimas - como o Canal do Panamá -, o que economizará tempo e custo às transportadoras sul-americanas que transportarem suas mercadorias dentro da região ou para a Ásia, concluiu Mejía.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tarifa da linha Praça XV-Charitas das barcas ficará mais car

17/06/2011 - O Repórter,  Thaiana de Oliveira

RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) - A partir do dia 1 de julho a tarifa de transporte de passageiros na linha Praça XV-Charitas irá aumentar para R$ 12,00. A alteração foi determinada através de um contrato de concessão, assinado entre o Governo do Estado e Barcas s/a. O novo valor será praticado em todos os horários.

Em abril, um outra mudança causou revolta à população, o aumento da passagem do bilhete unitário do Metrô Rio, que passou de R$ 2,80 para R$ 3,10, fez com que usuários protestassem com manifestação contra a medida. Com a alteração, a tarifa do transporte carioca passou a ser o mais caro do Brasil.

No dia 2 de abril, quando houve o aumento, passageiros promoveram a campanha “diga não ao aumento do metrô, vá de ônibus”. Eles reclamam que o transporte não oferece segurança e conforto o suficiente para o aumento.

Já no dia 07 de maio, o aumento da tarifa do Bilhete Único Carioca, que passou de R$2,40 para R$ 2,50, causou comentários, mas não foi motivo de muita revolta entre os passageiros

O reajuste na tarifa aconteceu depois da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) realizar

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Santos vai ampliar estrutura para passageiros
Enviada em 17 de junho de 2011imprimir - enviar para um amigo
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) pretende lançar em até um mês a licitação para a nova infraestrutura do porto de Santos destinada a navios de cruzeiro. O projeto, que integra o PAC Copa, está orçado em R$ 352 milhões, aumento de 193% sobre o valor inicial.
Segundo o diretor de Infraestrutura e Execução de Serviços da estatal, Paulino Moreira Vicente, os estudos mostraram que a obra de recuperação do cais era mais complexa do que o originalmente imaginado. O valor inicial não levava em conta sondagens geológicas em terra e mar, nem a fundação em leito rochoso. “No caso das estacas verticais, 85% delas serão fincadas em rocha, isso traz uma solução muito mais cara ao projeto”, disse Vicente. No total, serão fincadas 682 estacas com extensão entre 30 a 40 metros cada.
O novo valor exigiu remanejamento de investimentos do PAC 2, mas sem prejuízo às demais obras, diz o executivo. Se tudo transcorrer dentro do previsto, a obra deve começar em novembro próximo e levar 26 meses. A perspectiva é que sejam gerados 600 empregos diretos durante a construção.
O projeto prevê o alinhamento e a readequação do cais de Outeirinhos, com a execução de 1.320 metros de cais entre os armazéns 23 e 29. A nova infraestrutura ampliará em quase quatro vezes a profundidade da região, que passará a ter 15 metros, permitindo a atracação de até seis navios. Hoje algumas áreas em Outeirinhos estão com 4,5 metros de profundidade, o que dificulta a operação logística dos transatlânticos, que são obrigados a atracar longe do terminal de passageiros.
A nova estrutura criará condições de o porto ofertar 15,4 mil leitos flutuantes, uma opção aos hotéis durante a Copa de 2014, acredita Vicente. Para ele, cidades da região, como Guarujá, têm condições de receber “entre uma e duas seleções”. Mas o projeto se viabiliza de todo modo, afirma o diretor. “Com os novos berços de 15 metros, teremos um ganho adicional para a movimentação de carga”. A temporada de cruzeiros não ocorre o ano todo, concentrando-se entre o fim do ano e o fim do primeiro trimestre.
Na última estação de transatlânticos, Santos recebeu 1,1 milhão de passageiros em 284 escalas, crescimento de 30% sobre o desempenho anterior. Com a obra de Outeirinhos, a estimativa é que o porto possa receber até 2,5 milhões de passageiros por temporada.
Os serviços estão divididos em duas fases, para evitar riscos de interrupção do fluxo normal de movimentação no porto. O Ibama considerou o empreendimento como de baixo impacto, dispensando a elaboração de EIA-Rima. Segundo Vicente, o licenciamento está vinculado à regularização ambiental do porto, que deve ser protocolada no próximo mês.
17/06/2011

Fonte:Valor Econômico, Por Fernanda Pires

Itapoá recebe primeiro navio e sofre com falta de rodovia

17/06/2011 - Agência T1


O porto de Itapoá, no Norte de Santa Catarina, recebeu ontem o primeiro navio de carga após conquistar a licença de operação e passar por alfandegamento da Receita Federal.

O Cap San Lorenzo, embarcação do armador Aliança Navegação e Logística, chegou por uma rota vinda do Caribe.

Com a atracação e o desembarque de cerca de 300 contêineres, o porto dá início à movimentação de cargas seis meses após sua inauguração.

Segundo o diretor comercial do porto, Patrício Júnior, a empresa entra em fase de atrair outras rotas para o novo terminal. A expectativa é que, nos próximos três meses, o porto esteja recebendo oito chamadas semanais vindas dos Estados Unidos, Europa, Caribe e em serviços de cabotagem.

O porto é um terminal privativo de uso misto para a movimentação de contêineres que tem como acionistas a Portinvest Participações (grupo Battistella e LOGZ Logística Brasil S.A.) e a Aliança Navegação e Logística (grupo Hamburg Süd). Levou 18 anos para sair do papel, teve investimento de R$ 500 milhões e capacidade inicial para 350 mil contêineres por ano.

Apesar do início de movimentação de cargas, o acesso terrestre principal ao porto ainda está inacabado. A SC-415, obra do governo estadual que garantiria uma entrada independente para os caminhões com destino ao terminal, só deve ser entregue no fim de 2011.

Segundo o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura de Santa Catarina (Deinfra), Paulo Meller, o excesso de chuvas nos primeiros quatro meses do ano atrasou a terraplenagem da estrada. Segundo relatório do departamento, até junho 90% da terraplenagem, 15% da cobertura asfáltica e 85% das obras de arte (como pontes e viadutos) foram realizadas.

Em agosto do ano passado, a previsão do Deinfra era de que o acesso fosse entregue no primeiro trimestre de 2011. A obra foi orçada em R$ 39,7 milhões - R$ 25 milhões já foram faturados e pagos. Agora, o departamento trabalha com um prazo de entrega para o quatro trimestre deste ano.

Para Junior, a questão não é impeditivo para o funcionamento do porto. “Em vários portos do mundo, de Itajaí a Roterdam, os caminhões passam por dentro das cidades para chegar ao terminal. Aqui não vai ser diferente.” A expectativa do diretor é que entre julho e agosto a SC-415 esteja em condições transitáveis.

Até lá, os caminhões irão utilizar uma rota alternativa. O trajeto prevê 10 km de trânsito dentro da área urbana de Itapoá, o que gerou desconforto entre os moradores. Como havia uma lei municipal que proibia o tráfego de caminhões de contêineres dentro da cidade, o poder público e o porto precisaram entrar em consenso.

Após anuência dos moradores da cidade, consultados em audiência pública, a Câmara de Vereadores tenta aprovar nova lei que permita o trânsito dos caminhões de contêineres durante 12 meses. Segundo o secretário de Planejamento do município, Rafael Almeida, a nova lei deve ser votada na segunda-feira. A licença expedida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), no começo do mês, limita o acesso ao porto a 36 caminhões/dia no atual trajeto.

Junior diz que a administração do porto irá demonstrar para o Ibama que há condições de um número maior de caminhões trafegarem na cidade. De acordo com ele, o aumento do tráfego será gradativo e não deve ultrapassar as 400 viagens por dia até a SC-415 estar concluída.

Conforme o secretário de Planejamento, Rafael de Almeida, para utilizar o acesso dentro da cidade, a administração do terminal deverá conceder uma série de contrapartidas ao município.

Fonte:Valor Ecdonômico/Júlia Pitthan | De Florianópolis

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Comentário do T1

É preciso lembrar que o Porto de Itapoá (SC), juntamente com os portos da Portonave (SC) e da Embraport (SP) têm sua situação questionada, em ADPF no Supremo Tribunal Federal, e processo de denúncia no TCU.

Segundo os denunciantes, eles têm autorização para funcionar como terminais de uso privativo, tendo que movimentar preponderantemente carga própria e, na verdade, movimentam ou anunciam que movimentarão preponderantemente carga de terceiros, o que é vedado pela Constituição Federal, já que não passaram por processo licitatório.

Segundo a Constituição Federal, para um operador privado prestar serviço público na movimentação de cargas portuárias, tem que passar por processo licitatório.

O que não ocorreu nesses três casos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Porto de Itapoá entrará em operação

01/06/2011 - Webtranspo

Terminal recebe nesta semana o primeiro navio

Porto vai receber 30 navios por mês

Projetado há 18 anos, o Porto de Itapoá finalmente iniciará suas operações nesta semana, com a atracação do primeiro navio, programada para até sexta-feira, 3. Terminal privativo de uso misto voltado para a movimentação de contêineres, a unidade, segundo informou a administração portuária, já está com a equipe toda preparada para receber a primeira embarcação.

O porto, localizado no norte de Santa Catarina, foi inaugurado em dezembro, mas aguardava a adequação da rodovia SC-415, para que caminhões tivessem acesso ao terminal. Agora, Patrício Júnior, diretor comercial do Porto, está acordando com a prefeitura de Itapoá a passagem dos veículos pela cidade.

Um empreendimento da Portinvest Participações e da Aliança Navegação e Logística, o Porto de Itapoá recebeu investimentos de R$ 475 milhões; possui dois berços de atracação, cais de 630 metros de comprimento e 43 de largura e profundidade natural de 16 metros.

De acordo com as perspectivas da administração do porto, a unidade movimentará 300 mil contêineres por ano e tem uma renda estimada em R$ 110 milhões. Mensalmente, 30 navios devem atracar no terminal, com foco em exportação.


Equipamentos já estão no aguardo do primeiro navio que deverá atracar até sexta-feiraSegundo Júnior, a movimentação de caminhões chegará a 50 veículos por dia já em julho, e deve crescer gradativamente até 449, em dezembro. Com a alta das operações em Itapoá, e as obras de ampliação já previstas, o porto deve somar um milhão de contêineres movimentado por ano após 2012.

A unidade vai acirrar a competição na movimentação de contêineres no Estado; no entanto, promete também aliviar a demanda no Paraná. Este é o nono terminal portuário em Santa Catarina. O andamento das operações passa, no momento, por ajuste final de agendamento dos navios e alfandegamento.

Desenvolvimento a Itapoá

Localizada na Baía da Babitonga, a pequena cidade de Itapoá foi transformada economicamente após a instalação do complexo portuário no local. De acordo com matéria publicada no Valor Econômico, em fevereiro, a população cresceu 67,16% nos últimos dez anos; em 2000 eram 8.839 habitantes e em 2010, o Censo do IBGE contabilizou 14.282.

No local, empresas de logística já preparam a construção de seus terminais de armazenagem, como a Fastcargo, a Maersk Brasil Brasmar e o Grupo Coopercarga. O fato impulsiona a chegada de mão de obra especializada à cidade. E no que se refere a emprego, o Porto de Itapoá já contratou 250 colaboradores e, neste ano, deve dobrar o número de funcionários. Conforme ressaltou a administração portuária, em média, 70% dos colaboradores da área operacional devem ser contratados no próprio munícipio.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Barcas S/A anuncia aumento de tarifa para trajeto Praça XV-Charitas

30/05/2011 - O Dia

Rio - A Barcas S/A anunciou nesta sexta-feira, através de seus canais de comunicação, mais uma alteração de tarifa no transporte aquaviário. Segundo a concessionária, a partir do dia 20 de junho deste ano, o preço da linha Praça XV-Charitas aumentará de R$ 11 para R$ 12.

Segundo a empresa, a atualização da tarifa faz parte do Contrato de Concessão, assinado entre o Governo do Estado e a Barcas S/A, e está baseado na Lei 2804/97 e Decreto 23.925/95, que prevê o reajuste anual. Nesse caso, caberia à agência reguladora a avaliação sobre a inflação do preço.

Os valores das integrações também sofrerão alterações. Contudo, ainda não há previsão de reajuste para o trajeto Niterói-Praça XV.

Portos: tendência é a união de operações

30/05/2011 - Webtranspo

Unidades do Cone Sul planejam parceria

Rio Grande viabiliza acordos com Argentina e Uruguai

A globalização acirrou a competitividade entre grupos dos mais variados segmentos da economia mundial. Importantes nesse cenário estão as empresas de operações portuárias, que na perspectiva de elevar a movimentação de cargas, passaram a investir em capacidade e acordos bilaterais.

Um exemplo dessa tendência está sendo dado pelo Porto do Rio Grande, que iniciou conversas com os portos de Montevidéu (Uruguai) e Buenos Aires (Argentina) para desenvolver projetos visando complementar as operações, que podem dar um salto de 35% no volume de cargas movimentadas e, consequentemente, reduzir os custos de exportadores e importadores.

O Porto do Rio Grande registrou um aumento de 24,8% na movimentação de mercadorias no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2010. De acordos com os dados divulgados, o volume atingiu mais de 6,3 milhões de toneladas e há uma previsão que a soma alcance 35 milhões de toneladas neste ano.

No ano passado, o porto de Montevidéu teve uma movimentação de 9,2 milhões de toneladas, com crescimento de 20,8% na comparação com 2009. Já Buenos Aires ampliou o volume de fluxo em 18,6%, atingindo 11,7 milhões de toneladas em 2010.

Dirceu Lopes, superintendente do porto gaúcho, detalha o objetivo e diz que a sistemática pretendida é de que os navios que partem do Uruguai e Argentina com carga incompleta, possam realizar o preenchimento da mercadoria no Porto do Rio Grande, visto que este possui um canal de acesso mais profundo que a entrada do Rio da Prata.

De acordo com informações da assessoria do porto brasileiro, as conversas para formatação do plano foram iniciadas há dois meses e terão um novo capítulo em agosto, a partir de uma reunião que acontecerá em Montevidéu, no Uruguai, da qual participarão representantes dos três portos.

Para Wilem Manteli, presidente da ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários) se o acordo de integração for realmente firmado será uma medida inteligente e oportuna, pois poderá reduzir os custos de frete em até 30% com a concentração das cargas originárias ou destinadas ao cone sul em navios de maior porte.

Segundo ele, uma outra vantagem poderia ser a possibilidade de desenvolvimento de um sistema hidroviário para ligação entre os portos, comentou.

Adesão

Para obter o êxito desejado, Lopes afirmou que a integração necessita da adesão dos demais agentes do setor, como operadores portuários, armadores, importadores e exportadores, enquanto a gestão do transporte das mercadorias entre os portos pode ser compartilhada pelos sistemas informatizados sem maiores dificuldades.

Este plano ganhou força depois que a administração do porto concluiu, no ano passado, o prolongamento dos molhes e realizou a dragagem do acesso. Com a obra, a profundidade do canal interno foi ampliada de 14 metros para 16 metros, o que permitiu um aumento de até 12 mil toneladas de carga por navio.

Paraguai

No ano passado, o Paraguai já havia despertado interesse em escoar parte de sua produção de grãos pelo porto gaúcho. A operação utilizaria as instalações da Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns), que não estão sendo aproveitadas, para o armazenamento dos grãos.

O projeto incluía a criação de um corredor que utilizaria o modal ferroviário para trazer a carga – aproximadamente 1,2 milhão de toneladas da safra – do país vizinho para o Brasil e a partir daí serem transportadas para outros destinos

Mais de 1 bilhão serão investidos no transporte hidroviário no Estado

30/05/2011 - Agência Pará de Notícias, Angélika Freitas - Secom


O presidente da Companhia de Portos e Hidrovias, Abraão Benassuly, afirma que o investimento aumentará a exportação de produtos da região
Um sonho antigo e necessário para fortalecer o desenvolvimento do Estado está próximo de sair do papel. O Ministério dos Transportes confirmou que irá autorizar a inclusão na segunda versão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental das hidrovias Teles Pires-Juruena-Tapajós, da Hidrovia de Tocantins e do Porto de Miritituba, além da instalação de 13 terminais de passageiros e cargas mistas.

O projeto do senador Flexa Ribeiro foi apresentado em 2007, com o número 184/2007 e virou lei em 2010. Serão investidos cerca de 1 bilhão de reais nas obras. “O Pará vem tentando ao logo dos anos a melhoria do modal hidroviário da região. Este é um momento histórico para o Estado do Pará, pois teremos a oportunidade de deslanchar ainda mais nossa economia”, afirma Abraão Benassuly, Presidente da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH).

O sistema hidroviário é responsável por 55% do volume de transporte de carga no Estado, e com a implantação das obras previstas pelo PAC II estima-se que esse índice suba para 80%, o que irá contribuir com o aumento de produção, a redução de custos e o aumento de investimentos de grandes empresas na região. “O Estado só tem a ganhar com este projeto. Com a melhoria no sistema hidroviário teremos a redução nos custos para transporte de cargas e redução também no custo para transporte de passageiros. A consequência disso tudo se vê nas prateleiras, com o cidadão comprando produtos mais em conta”, afirma o presidente da CPH.

Com a abertura da Hidrovia Teles Pires-Jurena-Tapajós, a previsão é de que cerca de 100 milhões de toneladas de soja e minério sejam transportadas por ano. Com a implantação da Hidrovia de Tocantins, a exportação terá um incremento ainda maior. “Através do transporte ferroviário, a região sul tem uma movimentação de dois milhões de toneladas por mês. Com implantação da hidrovia local, este número pula para 20 milhões”, afirma Abraão.

Para acompanhar o processo de novos investimentos que o Estado vem passando na área hidroportuária, a CPH encontra-se em processo de reestruturação. “Nosso objetivo é trabalhar na reestruturação da companhia, na produção do planejamento estratégico entre outras ações, para que possamos em parceria com a Secretaria de Transportes, Secretaria de Integração Regional e governo federal gerenciar todo esse processo da melhor forma possível”, afirma o presidente. Ano passado, as obras ficaram de fora das primeiras ações do PAC 2, justamente por não ter um estudo concluído a respeito de sua viabilidade. Com essa iniciativa, as providências para o início da primeira etapa estão sendo tomadas para execução.

Terminais

Dentro das obras do PAC II também estão contemplados as instalações e manutenções de 13 terminais de passageiros e cargas mistas no Estado. Os terminais completam o modal de transporte hidroviário da região, contribuindo para a facilidade nos deslocamentos. Estarão localizados nos municípios: Abaetetuba, Cametá, Viseu, Augusto Corrêa, Altamira, Belém, Bragança, Conceição do Araguaia, Juruti, Óbidos, Oxiriminá, São Miguel do Guamá e Tuuruí.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Barcas em São Gonçalo será no Pontal

24/05/2011 - São Gonçalo Online

A inclusão das barcas foi motivada pelo temor da União em um novo atraso na Linha 3 do Metrô

A inclusão de uma linha hidroviária ligando São Gonçalo (Pontal) ao Rio (Praça XV) nos projetos do PAC da Mobilidade para a cidade, foi provocada pelo temor do governo federal de que ocorra um novo atraso no início das obras da Linha 3 do Metrô entre Niterói e Itaboraí, passando por São Gonçalo. De acordo com o Executivo gonçalense, a prefeita Aparecida Panisset (PDT) e o secretário de Relações Institucionais, Luís Paiva, ouviram esta preocupação dos técnicos dos ministérios das Cidades e do Planejamento.

O acordo firmado anteriormente era de que a verba de R$ 150 milhões oriunda do PAC da Mobilidade seria repassada para o governo estadual como contrapartida da Prefeitura de São Gonçalo para as obras da Linha 3.
“O governo federal nos propôs, devido as pendências das obras da Linha 3 junto ao Tribunal de Contas da União, criar uma alternativa através de um outro transporte de massa. Com isso, retomamos a conversa sobre a criação da linha hidroviária entre São Gonçalo e o Rio, que ligaria o Pontal, próximo ao Gradim, à Praça XV. Aí juntamos este projeto antigo com o ‘Corredor Viário’. Mas isso ainda não está confirmado. Antes vamos conversar com o governo estadual”, explicou Paiva.

Apresentação - Ontem, Luís Paiva também apresentou, em Brasília, as mudanças no projeto de implantação do ‘Corredor Viário’, que passaria dos 17 km iniciais para 21 km ao ligar Neves a Santa Izabel. Pelo projeto original, o ‘Corredor Viário’ iria de Neves a Sacramento. O secretário municipal comentou ainda que um outro corredor viário deverá ser construído entre Neves e Guaxindiba.

Entretanto, Paiva ressaltou que todas as mudanças ainda deverão ser discutidas com a Secretaria estadual de Transportes, que alegou não ter sido convidada para a reunião de ontem na capital federal.

Maior navio mineraleiro do mundo parte do Maranhão para a China em sua primeira viagem

26/05/2011 - Transporta Brasil, Leonardo Andradel

Reportagem do Portal Transporta Brasil conversou com equipe de práticos brasileiros que estiveram a bordo do Vale Brasil, navio que zarpou com mais de 400 mil toneladas de minério de ferro para a China


O maior navio mineraleiro do mundo, o Vale Brasil, encomenda da Vale a um estaleiro sul-coreano para melhorar a competitividade do minério de ferro brasileiro no mercado mundial, partiu hoje para sua primeira viagem, rumo à China. O gigante zarpou com uma carga de 400 mil toneladas da commodity do porto de São Luís, no Maranhão, e um seleto grupo de práticos diversos portos do Brasil esteve a bordo para conhecer o navio.

Com mais de 360 metros de comprimento e 65 de largura, o Vale Brasil é o primeiro de uma frota de sete navios encomendados, a um valor total de US$ 748 milhões e representa a esperança da Vale na diminuição dos custos e do impacto ambiental do transporte de minério de ferro.

O Vale Brasil precisou de cinco rebocadores para atracar no porto de São Luís, em uma operação que durou cinco horas. “A costa do Maranhão tem uma das marés mais fortes do mundo, com amplitude que costuma bater os sete metros. No entanto, a atracação do Vale Brasil ocorreu numa maré de quatro metros, com correntes de três a quatro nós, configurando-se num cenário natural menos turbulento”, conta José Roberto Taranto, presidente da Associação dos Práticos do Estado do Maranhão.

O prático de Recife (PE), Johann Georg Hutzler, foi um dos que estiveram a bordo do Vale Brasil. “Foi um prazer conhecer o maior navio em tonelagem do mundo, característica que traz às operações um desafio muito grande. A carga de 400 mil toneladas somada ao peso do navio resulta em uma massa extremamente grande. Qualquer erro em uma manobra pode causar um prejuízo incalculável, se, por exemplo, danificar um terminal ou até mesmo bater em um rebocador, ocasionando em um acidente de proporções realmente graves”, disse Hutzler à reportagem do Portal Transporta Brasil.

Segundo o prático pernambucano, somente os portos de Ponta da Madeira, em São Luís, e Tubarão, no Espírito Santo, são candidatos a receber o Vale Brasil, devido às dimensões e à propalada falta de infraestrutura dos terminais marítimos do País.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vale inicia operação com gigante do mar

25/05/2011 - Webtranspo

Mineraleiros podem receber 400 mil toneladas

Nova frota naval da Vale pode prejudicar mercado de frete

A Vale iniciou nesta terça-feira, 24, as operações de um gigante marítimo, com mais de 360 metros de comprimento, 65 metros de largura e capacidade de carga de 400 mil toneladas de minério de ferro, o Vale Brasil é o maior navio dedicado ao transporte do produto no mundo. A embarcação atracada no TPPM (Terminal Portuária de Ponta da Madeira), em São Luís, no Maranhão, terá como seu primeiro destino à Ásia.

A companhia iniciou a operação com apenas uma unidade das sete que serão entregues pelo estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co da Coréia do Sul, neste lote foram gasto aproximadamente US$ 748 milhões. Porém a ambição da empresa não se reteve às encomendas coreanas, outros 12 navios do mesmo porte foram adquiridos junto a um estaleiro na China, esta outra remessa deve custar U$ 1,6 bilhão aos cofres da mineradora.

Além de uma frota própria de 19 embarcações gigantescas, a empresa também manterá contrato de uso exclusivo com mais 16 navios também com capacidade de transportar 400 mil toneladas de minério de ferro. Estas embarcações serão as responsáveis pelo comércio com a Ásia. Os 35 navios devem estar disponíveis até 2013.

Com esta iniciativa, o Grupo pretende diminuir os custos com as viagens transoceânicas e consequentemente o valor de seus produtos no mercado externo. “Com a nossa frota de navios próprios e contratados conseguimos diminuir a volatilidade no mercado de frete. Esta instabilidade afeta não somente o preço de transporte, como também o preço do próprio minério. À medida que os novos navios começarem a operar, a estabilidade do frete e do nosso produto será ainda maior, favorecendo a Vale e seus clientes siderúrgicos”, explicou.

Embora tenham sido produzidos no exterior, os maiores navios mineraleiros do mundo foram concebidos desde o projeto básico até a engenharia no Brasil.

Outro lado da moeda

De acordo com um levantamento da Credit Suisse, publicado pela Agência Reuters, a estimativa é de que os novos navios da mineradora substituirão até 168 cargueiros capesize, aproximadamente 15% da atual frota. O segmento de transporte naval criticou a inciativa da mineradora, alegando que estas aquisições sufocarão o setor. “Este será o principal fator a afetar o mercado por pelo menos alguns anos", afirmou Rahul Sharan, analista sênior da Drewry Shipping Consultants.

Ainda de acordo com o artigo, Torben Skaanild, presidente-executivo da Bimco, maior grupo de navios do mundo, também fez críticas à nova frota da Vale. “Não precisamos destes navios. Temos um enorme fluxo de embarcações com capacidades para 150 mil a 180 mil toneladas no mercado. Se você começar a construir navios de 400 mil toneladas vai acabar tirando-os da concorrência”, afirmou.

No ano passado o transporte naval mundial de cargas secas cresceu 11%, porém continuou 80% abaixo do melhor momento, em 2008, antes da crise. De acordo com especialistas, esta recuperação pode demorar ainda mais com a entrada dos gigantes da Vale no mercado.

São Gonçalo vai ter barcas direto para o Rio

23/5/2011 - O São Gonçalo Online

Para Panisset, o 'Corredor Viário' vai resolver parte dos problemas do trânsito em São Gonçalo (Foto: Maurício Ferreira/Arquivo) ::

A Prefeitura de São Gonçalo vai apresentar hoje, em Brasília, as alterações feitas em seu projeto para a construção do ‘Corredor Viário’ entre os bairros de Neves e Santa Izabel, que será financiado por recursos do Programa de Aceleração do Crescimento Mobilidade Grandes Cidades (PAC da Mobilidade). De acordo com o Executivo gonçalense, as mudanças no projeto original foram pedidas pelos ministérios das Cidades e do Planejamento. Segundo o governo municipal, a principal alteração é a inclusão da ligação hidroviária entre São Gonçalo e o Rio (Praça XV). 

Para a prefeita Aparecida Panisset, o ‘Corredor Viário’ vai solucionar vários problemas existentes no trânsito da cidade.
“As cidades vizinhas também se beneficiarão com essas obras. No entanto, nosso ponto central é o interesse do município gonçalense”, declarou a prefeita.

O secretário municipal de Relações Institucionais, Luís Paiva, que participará da reunião com o governo federal, disse que a chefe do Executivo gonçalense assinou o termo de compromisso para a construção do ‘Corredor Viário’ no último dia 19. O ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, também estará presente ao encontro.

“Foram dois anos de luta e questionamentos junto à Secretaria de Estado de Transportes para mostrar a situação de abandono vivido pela rede ferroviária que corta a cidade. São 29 quilômetros de transtorno entre os municípios de Itaboraí e São Gonçalo. Em função disso, foi concedido um contrato de comodato, publicado no Diário Oficial do Estado deste ano, para a reutilização de toda a faixa de domínio da ferrovia, com ampliação de vias, construção de ciclovias e urbanismo”, disse Paiva.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Bilhete Inteligente nas travessias de pedestres entram em operação hoje

19/05/2011 - Governo do Estado de São Paulo

Começa hoje, dia 23 de maio, o novo sistema de bilhetagem inteligente nas estações de passageiros das travessias. Este novo sistema trará comodidade e agilidade no embarque e desembarque dos cerca de 11.500 usuários diários das duas travessias. As obras do novo sistema eletrônico foram iniciadas em março e concluídas este mês, com investimentos da ordem de R$ 325 mil. 

A utilização do Bilhete Inteligente Travessias garantirá também a facilidade da recuperação dos créditos em caso de perda ou roubo do cartão. Além disso, a segurança do usuário aumentará, já que a circulação de dinheiro em espécie dentro das embarcações tende a diminuir com a utilização do bilhete eletrônico. 

A bilhetagem eletrônica nas travessias funcionará do mesmo modo que o bilhete eletrônico utilizado no sistema de transporte público (ônibus, metrô e trens). Para o futuro, a Dersa estuda integrar os sistemas com o transporte público das cid ades de Santos e Guarujá, aumentando ainda mais a comodidade dos usuários. 

As tarifas das travessias não sofrerão alteração por conta da mudança. Os trechos de ida e volta de Vicente de Carvalho/Praça da República continuarão a custar R$1,05 cada e o trecho Guarujá/Santos R$ 2,10. 

Bilhete Inteligente – Serão disponibilizados sete tipos de bilhetes, totalmente gratuitos: comum (recarregável); vale-transporte escolar (50% de desconto para estudantes matriculados nas escolas dos municípios); isento, para pessoas com mais de 65 anos e para portador de necessidades especiais; unitário e múltiplo de dois (ida e volta). 

Compra de Créditos e Recarga - A compra de crédito para o bilhete comum será feita nos guichês de todas as estações. A recarga do bilhete escolar poderá ser realizada na Estação Vicente de Carvalho. A recarga do vale-transporte será efetivada pela empresa e a validaçã o dos créditos deverá ser feita pelo próprio usuário nos terminais. 

Usuários eventuais – Para liberação da catraca deverá ser adquirido o bilhete unitário ou múltiplo de dois, nas bilheterias das estações Vicente de Carvalho, Praça da República e Guarujá. 

Cadastramento - Com exceção dos bilhetes unitários e múltiplos de dois, para adquirir os outros tipos de bilhetes o usuário deverá se cadastrar. O cadastramento será presencial na Central de Atendimento da estação Vicente de Carvalho, apresentando os documentos necessários. 
No ato do cadastramento o usuário receberá um folheto com perguntas e respostas sobre cada um dos bilhetes. 

Troca de passes - Os usuários que possuírem passes ainda não utilizados e desejarem transformá-los em crédito no Bilhete Inteligente terão o prazo de um mês a partir do dia 23/05 para realizar a troca. Caso seja necessár io, esse prazo poderá ser prorrogado pela Dersa. 

Dúvidas e informações poderão ser obtidas por meio do telefone (13) 3342-1026, pelo site www.dersa.sp.gov.br/bilhetetravessias, ou pelo email:bilhetetravessias@dersa.sp.gov.br.


Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S.A.
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(11) 3702-8175 / 3702-8176 / 3702-8177