segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Novo Porto de Manaus será o primeiro com gestão privada


19/8/2010 - Cnt Informe


Foto: Júlio Fernandes - NCI

Fabrizio Pierdomênico
Até 15 de outubro, a Secretaria de Portos da Presidência da República recebe projetos da iniciativa privada para um novo porto público na cidade de Manaus (AM). Em debate no I Seminário Portuário Público-Privado Latino-Americano nesta quinta-feira (19), em Brasília (DF), o subsecretário Fabrizio Pierdomênico conversou com empresários do setor sobre as expectativas do novo porto.

As intalações devem ser entregues nos próximos dois anos e vão aumentar a capacidade de movimentação em Manaus, onde já existe um porto público. O novo modelo irá além do atual adotado em todo Brasil, em que apenas operação e compra de equipamentos é de responsabilidade do setor privado. A autonomia da concessionária será ampliada também para a gestão.

O governo destaca a prioridade para a movimentação de contêineres, mas as propostas podem incluir espaço para granéis sólidos e líquidos. A concessão terá validade de 25 anos, renovável por mais 25. "A intenção é ampliar a capacidade de Manaus. O porto público existente continuará. Pode ser que o funcionamento seja repensado, mas ainda não há restrições do Ministério dos Transportes", esclareceu Pierdomênico.

Para o presidente do Grupo de Logística e Transporte Libra, Marcelo Araújo, o setor privado está ciente da importância de uma melhor logística de contêineres. "Isso é característica da transformação de uma economia que passa a movimentar mais carga industrializada. Há crescimento da carga de granéis, mas há uma grande pressão sobre o sistema de contêineres para que ele se adapte às demandas futuras", acrescentou.


Crescimento e investimentos

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Durante palestra, o subsecretário ressaltou demais as expectativas e mudanças impulsionadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento direcionado aos portos, que investe R$ 2,6 bilhões em obras já em andamento.

Segundo o presidente da Libra (foto), os investimentos do governo e a abertura à iniciativa privada têm impulsionado o setor, mas é preciso acompanhar as transformações atreladas ao crescimento. "A atividade não se limita mais a serviços, mas se transformou numa atividade de capital intensivo. Para que isso tenha sucesso, precisamos de estabilidade regulatória e de uma autoridade portuária moderna", acrescentou.

http://www.sistemacnt.org.br/portal/webCanalNoticiasCNT/noticia.aspx?id=b31c8c6b-ca71-4371-a0de-81d9180b6ad6

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