segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Governadora assina contrato de transporte fluvial de passageiros entre a Capital e Guaíba

20/12/2010 - Governo do Estado do Rio Grande do Sul



Governadora Yeda realizou a viagem inagural da travessia, esperada há decadas pela população
 Foto: Silvio Alves / Palácio Piratini      

Yeda assina contrato de transporte fluvial de passageiros entre a Capital e Guaíba
Governadora assina contrato de transporte fluvial de passageiros entre a Capital e Guaíba

A governadora do Estado, Yeda Crusius, assinou, na manhã desta segunda-feira (20), a bordo do catamarã Carlos Nobre, o contrato de concessão de transporte fluvial de passageiros entre Porto Alegre e o município de Guaíba. O contrato para a exploração do serviço, há décadas sonhado pela população das duas cidades, será por 30 anos e foi firmado entre o Governo do Estado e a CatSul, braço gaúcho da empresa Tapajós, do Grupo Ouro e Prata, vencedora da licitação. Os empreendedores calculam um investimento, entre equipamentos e obras, de R$ 10 milhões, com o início das atividades em até 120 dias.

"Com a travessia da Capital ao município de Guaíba, estamos abrindo uma nova porta para o desenvolvimento. Agora, haverá redução na distância não só de Porto Alegre a Guaíba, mas também com a Costa Doce", afirmou a governadora Yeda Crusius, que realizou a viagem inaugural da travessia. Yeda lembrou que trata-se de mais um desafio enfrentado e vencido pelo governo. "Esse é um projeto economicamente viável e se soma à revitalização do Caís Mauá. Daqui a quatro anos, teremos uma nova realidade, com extrema valorização da região", completou. Na travessia, a distância até Guaíba levou em torno de 20 minutos e foi finalizada com uma queima de fogos.

O diretor-presidente da Ouro e Prata, Hugo Fleck, garante que a escolha por investir na hidrovia foi uma consequência da expertise do grupo, que já opera na Região Amazônica, onde transporta em torno de 500 mil passageiros por ano. "Acreditamos na revitalização do transporte hidroviário no Estado e entendemos que a travessia entre Porto Alegre e Guaíba é viável", assegurou. O empresário destacou, ainda, que a empresa terá uma tarifa competitiva em horário de baixo uso e buscará a maximização do uso do transporte.

Dia histórico

Para Hugo Fleck, a maior vantagem do barco Catamarã em relação ao ônibus é o tempo, além de liberar o usuário da dependência da ponte do Guaíba. "Hoje é um dia histórico para o município de Guaíba. Há muitos anos esperávamos por uma travessia tranquila, um caminho livre. Hoje a população depende de uma estrada que tem uma ponte que sobe, mas que nem sempre desce", relatou o prefeito de Guaíba, Henrique Tavares.

Na fase inicial, serão utilizados dois catamarãs, batizados de Carlos Nobre e Gomes Jardim, e há possibilidade de um terceiro barco, a ser denominado Pedras Brancas. A expectativa é de que sejam transportadas cerca de 2 mil a 2,5 mil pessoas por dia, saindo do Armazém B-3 do Cais do Porto até o centro de Guaíba, junto à Estação Rodoviária, locais em que estão previstos piers flutuantes. As passagens terão valor máximo de R$ 7, com o serviço devendo ser efetivado no primeiro trimestre de 2011. Quando estiver funcionando a pleno, serão 28 viagens diárias. A previsão inicial é de que a travessia aconteça a cada 30 minutos, o que poderá variar de acordo com a demanda. A CatSul está investindo cerca de R$ 2 milhões na construção de cada catamarã. A venda das passagens será feita por meio de sistema de bilhetagem eletrônica.

Conforme exigências do edital para concessão do serviço, as embarcações - modelo catamarã com duplo casco - são novas, com 18 metros, e capaz de transportar até 4 mil passageiros por dia. O barco apresenta poltronas estofadas, com 120 lugares, TVs de LCD e ambiente climatizado, além de sistema de navegação por GPS, o que dá ainda mais segurança no transporte hidroviário. A empresa arcará com os investimentos necessários para qualificação e uso do serviço.

Texto de Paulo Fontoura

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