quinta-feira, 5 de maio de 2011

Brasil ampliará malha das hidrovias

05/05/2011 - Webtranspo

Setor movimenta apenas 25% de seu potencial


Hidrovias são mais baratas e menos poluentes

O Brasil possui muitas bacias hidrográficas, porém o uso delas como vias de transportes é escasso. Um levantamento feito pela CNT (Confederação Nacional de Transportes) apontou que apenas 13% do escoamento são feitos por este modal. Tendo isto em vista, o Governo Federal pretende expandir a malha deste setor para 42 mil quilômetros.

Um panorama feito pela própria União, em outubro do ano passado, aponta que dos 63 mil quilômetros de rios e bacias que o País possui, aproximadamente 40 mil são navegáveis, porém apenas 13 mil quilômetros estão em uso. Atualmente são transportadas 45 milhões de toneladas pelas águas nacionais, no entanto, de acordo com a Antaq (Agência de Transportes Aquaviários), este potencial é quatro vezes maior.

Segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o uso das hidrovias tem como principais atrativos maior capacidade de carga, menor custo e a possibilidade de movimentar qualquer tipo de produto. Nesta mesma linha, o documento elaborado pelo o Governo Federal, afirma que este tipo de modal é 50% mais barato que o ferroviário e 75% mais econômico que o rodoviário.

Por essas razões o Brasil pretende reforçar a utilização das hidrovias. O PNLT (Plano Nacional de Logística e Transporte) também quer reverter o atual cenário de escoamento da produção, no qual 58% são feitos por rodovias e apenas 13% pelos rios e bacia, a perspectiva é que, até 2025, 30% das cargas sejam movimentadas por caminhões, e 29% da produção sejam carregadas por embarcações em hidrovias. Os investimentos previstos para todo o setor de transporte, até esta data, são de aproximadamente R$ 428 bilhões.

Vantagens ecológicas

Além das vantagens no aspecto econômico, as hidrovias são mais limpas. Um estudo feito pelo DOT/USA (Departament of Transportation dos Estados Unidos), órgão americano de transporte, indicou que este modal tem uma eficiência energética (relação carga/potência) 29 vezes superior ao rodoviário, somado a isso, na comparação barcos e caminhões, o primeiro tem um consumo 19 vezes menor que o segundo e emite seis vezes menos gás carbônico.

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